Merkel pede à Europa que faça ouvir a sua voz sobre programa nuclear norte-coreana”
Bissau, 05 Set 17 (ANG) - A chanceler alemã, Angela
Merkel, defendeu hoje que a Europa deve fazer-se ouvir sobre o programa nuclear
norte-coreano, após o sexto ensaio atómico de Pyongyang, e insistiu que a
solução só pode ser “diplomática e pacífica”.
“A Europa tem uma voz importante neste mundo e
nesta situação deve empregá-la”, disse Merkel na sua intervenção na última
sessão da legislatura no Bundestag, a câmara baixa do Parlamento alemão, antes
das eleições gerais de 24 de Setembro.
Merkel voltou a defender uma “solução pacífica e
diplomática” para a qual é preciso recorrer a todos os meios possíveis.
O governo alemão informou na segunda-feira que a
chanceler e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defenderam numa
conversa telefónica que o Conselho de Segurança da ONU deve acordar com
urgência sanções novas e mais severas contra a Coreia do Norte após o último
ensaio nuclear.
Num comunicado, o Executivo de Berlim explicou que
Merkel garantiu a Trump que a Alemanha defenderá na União Europeia a aprovação
de sanções adicionais com o objectivo de “dissuadir a Coreia do Norte das suas
violações do direito internacional e alcançar uma solução pacífica para o
conflito”.
A Coreia do Norte fez no domingo o seu sexto teste
nuclear, desta vez com o lançamento de uma bomba de hidrogénio, a mais potente
até à data, um artefacto termonuclear que segundo o regime de Pyongyang pode
ser instalado num míssil intercontinental.
A comunidade internacional condenou unanimemente o
novo desenvolvimento de armamento norte-coreano.
Na segunda-feira, após uma reunião de emergência do
Conselho de Segurança das Nações Unidas, os Estados Unidos propuseram votar
novas sanções ao regime de Kim Jong-un na próxima segunda-feira, uma medida que
já tinha sido defendida pela Coreia do Sul e pelo Japão.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, disse estar
a avaliar a possibilidade de suspender o comércio com qualquer país que tenha
negócios com Pyongyang e insinuou que não descarta um ataque à Coreia do Norte.
Por seu lado, a China e a Rússia apelaram ao
diálogo com Pyongyang e propuseram o congelamento das manobras militares
conjuntas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul e a suspensão dos programas de
armamento norte-coreanos, mas esta proposta foi recusada pelos Estados Unidos.
A Coreia do Sul tem vindo já a fazer manobras e
simulações de ataques e já admitiu autorizar os EUA a destacarem armas
nucleares para o país.
ANG/Inforpress/Lusa
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