Carlos Gomes Júnior defende aposta em
quadros nacionais para desenvolver o país
Bissau, 04 nov 19 (ANG) – O ex-primeiro-ministro e
candidato independente às eleições presidenciais de 24 de novembro defendeu
sábado a necessidade de se apostar em quadros nacionais para que o país possa
avançar rumo ao desenvolvimento como ensinava Amílcar Lopes Cabral.
Cadogo Júnior como é também conhecido, fez estas
declarações na abertura da campanha eleitoral em que afirmou que as eleições é uma
etapa no processo do desenvolvimento da Guiné-Bissau, tal como fora a luta
armada de libertação e a luta pela reconstrução nacional, salientando que isso
só se faz com a contribuição dos jovens quadros.
“Depois do Golpe de Estado que me afastou do país em
2012, saí um pouco desanimado porque já tínhamos conseguido ganhos consideráveis
para o progresso da Guiné-Bissau ou seja: pagar salários com as receitas internas,
reduzimos os salários dos membros do Governo e fazemos crescer os ordenados dos
médicos, professores e enfermeiros fazendo a justiça social para que os mais
fracos possam também dar escolas, comidas aos seus filhos “,destacou.
Gomes Junior lembrou que também foi no seu mandato que
a Guiné-Bissau, com ajuda dos países parceiros, conseguiu obter perdão de todas
as dívidas externas, frisando que não é inimigo de ninguém.
Pede aos guineenses em geral para esquecerem o passado
para se concentrar na construção do país, porque, segundo disse: “não é hora de
brincadeira”.
Carlos Gomes Júnior disse que foi Presidente do
Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), durante 12
anos, mas que, “como agora só os computadores é que podem gerir este partido”, decidiu
concorrer as presidenciais como independente, tornando-se no candidato do povo,
de todos os partidos políticos juntos, para estabilizar o país rumo ao
desenvolvimento.
“Vou ganhar as eleições no dia 24 de novembro, mesmo
com a exposição de carros de luxos dos meus concorrentes, em especial os do
PAIGC, que está numa autêntica exposição de viaturas de luxo, quando os médicos
e outros funcionários não recebem os seus ordenados, os hospitais com falta de
quase tudo”, criticou.
Aquele candidato sublinhou estar ciente dos direitos
que a Constituição dá ao Chefe de Estado, ou seja, que irá respeitar a
separação de poderes, acrescentando que, “quem vier com actos estranhos vai lhe
derrubar porque este povo já está cansado de sofrer”.
Carlos Gomes Júnior agradeceu à Comissão Nacional de
Eleições (CNE) e o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) pelo
esforço e a capacidade dos seus técnicos, que vão tornar as eleições presidenciais
uma realidade na data marcada.
ANG/MSC/ÂC//SG
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