terça-feira, 15 de novembro de 2022

Função pública/Governo prevê novo  recenseamento de funcionários públicos

Bissau,15 Nov 22(ANG) – O Governo através do Ministério das Finanças pediu apoio do Banco Mundial para a realização de novo recenseamento dos funcionários públicos do país de forma a permitir o executivo ter dados mais confiáveis e estancar a subida da massa salarial.

Em conferência de imprensa realizada hoje, o Assessor de Imprensa do Ministério das Finanças, Bacar Camará explicou que a intenção do executivo foi manifestada durante o encontro, segunda-feira, entre o ministro das Finanças e uma delegação do Banco Mundial.

Afirmou que atualmente são necessários a mobilização mensal de 80 por cento das receitas fiscais para pagar os salários.

Disse que, cada mês, regista-se um aumento do número de funcionários públicos através de ingressos irregulares na administração pública, situação que diz ser necessário estancar.

“Foi nesse sentido que o Governo decidiu solicitar o apoio do Banco Mundial para a implementar as reformas na administração pública com destaque para a realização do novo recenseamento de funcionários públicos”, disse.

Bacar Camará sublinhou contudo que, essa situação foi decorrente de vários anos e que o atual Governo está a tentar adoptar medidas de travá-la sob pena de não vir a conseguir pagar salários nos próximos tempos em consequência do disparo da massa salarial”, frisou.

O Assessor de Imprensa do Ministério das Finanças desmentiu as informações postas a circular segundo as quais o Governo solicitou apoio do Banco Mundial para pagar salários na Função Pública.

Afirmou que, neste momento, a situação do Tesouro Público é confortável, salientando, a título de exemplo, que algumas obras das vias rodoviárias da capital são financiadas pelo Governo.

Disse contudo que é urgente ter a situação da massa salarial controlada de forma a permitir fazer investimentos noutros sectores, porque as receitas do Estado não podem servir apenas para pagamento de salários.

Bacar Camará informou que o recenseamento dos funcionários públicos efetuado recentemente, não produziu os resultados desejáveis, frisando que o executivo previa poupar pouco mais de mil milhões de francos CFA, mas que até ao momento apenas se poupou 400 milhões fcfa.

“Isso demonstra que ainda existem muitas irregularidades ao nível da Função Pública  e que exigem a realização de um novo recenseamento”, disse.

Perguntado se existe um horizonte temporal para o início do novo recenseamento, Bacar Camará disse que tudo depende da disponibilização  do apoio solicitado ao Banco Mundial. ANG/ÂC//SG

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