CEDEAO anuncia consenso sobre novo primeiro-ministro para a Guiné-Bissau
Bissau,07
Nov 16(ANG) - O consenso foi alcançado para nomear um novo primeiro-ministro da
Guiné-Bissau, anunciou no sábado Marcel de Sousa, presidente da Comissão da
CEDEAO, mas o nome ainda não foi revelado.
"Já
se chegou a consenso", referiu o dirigente da Comunidade Económica dos
Estados da África Ocidental (CEDEAO) à saída do Palácio Presidencial, em
Bissau, mas sem esclarecer quem vai dirigir o governo.
Marcel
de Sousa fez parte de uma comitiva liderada pela Presidente da Libéria, Ellen
Johnson, mandatada pela CEDEAO para resolver a crise política guineense e que
se deslocou a Bissau no ultimo fim-semana para o efeito.
"Estamos
confiantes e o Presidente assumiu a decisão histórica de o nomear [ao novo
primeiro-ministro] rapidamente", acrescentou Marcel de Sousa.
No
final da ronda de reuniões foi lido um comunicado no Palácio Presidencial
segundo o qual todos os participantes nos encontros reafirmaram o compromisso
de respeitar o Acordo de Conacri, assinado em outubro.
O
documento prevê a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do
Presidente para formar um governo inclusivo, em que as pastas vão ser
distribuídas de acordo com os resultados eleitorais, a par da reativação do
parlamento e implementação de um pacto de estabilidade.
O
Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) conquistou 57
lugares, maioria absoluta, nas eleições de 2014, o Partido da Renovação Social
(PRS) ocupou 41, o Partido da Convergência Democrática (PCD) elegeu dois
deputados, o Partido da Nova Democracia (PND) colocou um deputado, tal como a
União para a Mudança (UM).
Em
janeiro, um grupo de 15 deputados do PAIGC virou costas ao partido e juntou-se
à oposição (PRS) constituindo numa nova maioria que formou o atual governo,
empossado pelo Presidente da República.
O
Acordo de Conacri prevê a reintegração dos 15 elementos no partido.
A
deslocação da comitiva da CEDEAO a Bissau teve como objetivo sanar as
divergências que surgiram após a assinatura do acordo em 14 de outubro, altura
em que o chefe de Estado, José Mário Vaz, colocou à escolha três figuras da sua
confiança.
O
general Umaro Sissoko, o diretor do banco central, João Fadia, e um quadro do
PAIGC, Augusto Olivais, são os nomes em cima da mesa.
ANG/Lusa
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