LGDH qualifica de “vergonhoso” pressões exercidas contra forças de defesa e segurança para inverter a
ordem constitucional
Bissau, 08 nov 19(ANG)
– A Liga Guineense dos Direitos Humanos qualificou de triste, vergonhoso e
lamentável acompanhar a confissão pública de pressões indevidamente exercidas
contra as forças de Defesa e Segurança.
A organização de
Direitos Humanos se referia às declarações do Presidente da República cessante,
José Mário Vaz, que dissera recentemente num comício de campanha eleitoral que
as forças de Defesa e Segurança se recusaram a acatar a sua ordem de fazer o
Governo de Aristides Gomes cumprir o seu decreto de demissão, considerado
inconstitucional.
A liga considera que o candidato José Mário
Vaz tem tem a obrigação constitucional de apoiar e incentivar submissões ao
ditames da lei e não a execução do Decreto presidencial manifestamente ilegal e
absurdo que demitiu o governo de Aristides Gomes na segunda feira passada, dia
28 de outubro.
Segundo a liga essas
declarações confirmaram a tentativa de instrumentalização das forças de defesa
e segurança,como armas de arremesso politico
para que seu Decreto tenha efeito.
Em comunicado, a liga
elogiou a postura de neutralidade assumida pelas forças de defesa e segurança
face as disputas políticos partidárias, “provando o carácter republicano” que
lhe é inerente,apesar de várias tentativas de as implicarem na definição do
rumo politico do país.
Em comício de campanha,
José Mário Vaz lamentou que tenha provido duas reuniões mas que não surtiram
efeito porque os militares e os agentes da ordem se recusaram a interferir-se
para a instalação do governo “inconstitucional” de Fautino Imbali, condenado
pela comunidade internacional.
ANG/LPG//SG
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