Familiares tencionam mover Acção judicial contra Ministério da Saúde
Bissau, 06 Nov
14 (ANG) – A família da falecida, Paula
da Silva Lopes, cujo corpo foi roubado, em
Julho deste ano, na morgue do Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), veio a ribalta através do seu advogado,
Halen Armando Napoco, para anunciar a sua intenção de mover uma Acção de
Indemnização contra o Ministério da Saúde Pública (MSP) enquanto administrador da Morgue.
Advogado da familia, Halen Napoco |
“E preciso
maior responsabilidade e diligência enquanto instituições públicas encarregues
de exercer actividades de saúde pública”, considerou.
Em Outubro
passado, conforme aquele advogado, o mandatário judicial emitiu um ofício para
a ministra da Saúde no sentido de proporcionar um encontro com vista a melhor analisarem
a questão.
“Em resposta
recebemos um silêncio total da parte do Ministério da Saúde, o que minimamente
nos estranhou. Enquanto ministério que tutela a instituição onde o corpo
desapareceu podia ao menos procurar saber em que condição ocorreu e quem são,
do ponto de vista administrativo hospitalar, os responsáveis”, narou.
O advogado
denunciou a morosidade que o processo tem conhecido (de 20 de junho à 06 de Novembro
do corrente), sem que haja grandes evoluções por parte das autoridades e dos
serviços do Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM).
Segundo
Napoco, da forma como se desenrolou este episódio, para uma administração séria
e responsável, o mínimo que a sociedade e a família em geral podia esperar era
a abertura de um inquérito interno ao nível do hospital para apurar as
responsabilidades.
“ Não
aconteceu ao nível do HNSM nem ao nível do Ministério da Saúde enquanto tutela
do HNSM. Parece que não há seriedade por parte das autoridades executivas mediante
este caso que abalou uma família, e a sociedade em geral, que para além da dor
de perda de um ente querido se encontra vedado de exumar os restos mortais da
sua malograda”, lamentou.
A família
está, segundo o advogado, empenhado em descobrir o paradeiro da sua falecida,
Paula Silva Lopes.
Confrontado
pela ANG sobre a recondução ao posto, do empregado da morgue do HNSM, Amadu,
suspeito no caso, a actual direcção do Hospital Nacional Simão Mendes disse que
quando tomou posse no mês de Setembro, aquele funcionário já se encontrava de
volta as funções.
ANG/FGS/SG
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