segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Segurança Alimentar


Reiterado empenho do governo no aumento da produção
de arroz

Bissau, 10 Nov 14 (ANG) - O Secretário de Estado da Segurança Alimentar Filipe Quissangué reiterou, este fim-de-semana em Bafatá, o empenho do executivo  no aumento da produção do arroz, assim como na diversificação da cultura visando a redução da insegurança alimentar nos agregados familiares da região.

SESA usando da palavra durante no acto de enceramento
Filipe Quissangué  falava na cerimónia de enceramento da primeira conferência sobre a segurança alimentar na região de Bafatá, na qual enalteceu a contribuição da agricultura na economia nacional, acrescentando que a agricultura contribui com cerca de 50 por cento ao Produto Interno Bruto, mais do que a indústria e outros serviços.

Por isso, considerou que o país não pode continuar a investir mais 40 milhões de dólares na importação destes cereais.

O Secretário de Estado de Segurança Alimentar solicitou o apoio da comunidade internacional e colaboração efectiva das ONGs que actuam no domínio da agricultura na Guiné-Bissau para o desenvolvimento do sector.

“O desenvolvimento da agricultura passa necessariamente pela criação de condições em termos materiais e de  recursos humanos suficientes”, disse.

 Quessangué defendeu a criação de uma escola de formação de técnicos agrónomos na Guiné-Bissau, para se reduzir a utilização de quadros estrangeiros nesse domínio, nos próximos 10 anos.

Na qualidade de  conselheiro para a área  agrícola, da Organização Holandesa de Desenvolvimento (SNV), António Spencer Embaló destacou que a conferência permitiu que se  tenha mais conhecimentos sobre as  características da região, facto que deverá facilitar a elaboração de  estratégias de intervenção para o aumento da produção do arroz.

Segundo Spencer,  a Guiné-Bissau não deve continuar a depender do exterior para obter mais de 80 mil toneladas de arroz para garantir a segurança alimentar.

“Isto significa que, se houver o aumento do preço no mercado internacional vamos ter problemas. Temos  a obrigação de aumentar a nossa produção para minimizar a situação de insegurança alimentar na Guiné-Bissau”, sublinhou.
   
 Sambél Baldé participante e  coordenador da ONG PROAGRI considerou  de positivo a conferência “porque permitiu aos elementos das organizações que actuam no domínio da agricultura em deferentes regiões se  reflectirem sobre a segurança alimentar na região.

Foto familia dos participantes na Conferência
“A Região de Bafatá se depara com sérios problemas dentre os quais, o fraco poder económico, a falta de meios materiais para a produção de arroz em grande escala , de insumos e de capacidade técnica por parte da população”, explicou Sambél Baldé.

Interrogado sobre o nível da insegurança alimentar na Região de Bafatá, o coordenador informou que Bafata está entre as três  mais alto  do país, mas disse acreditar  na sua melhoria uma vez que a conferência deixou  indicações e estratégias que devem ser aplicadas para a sua redução.

Sambél Baldé afirmou que a região tem potencialidades agrícolas tendo em conta os seus rios  férteis para a prática da agricultura, particularmente a  orizicultura.

 ANG/LPG/SG




 

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