Estados Unidos e China
selam acordo histórico para reduzir poluentes
Bissau, 12 Nov 14 (ANG)-Os líderes dos Estados
Unidos e da China, as duas nações mais poluidoras do mundo, chegaram nesta
quarta-feira (12) a um acordo que foi chamado de histórico por cientistas
ligados à questão do clima.
A intenção do acordo é fazer com que o encontro
sobre o clima, que ocorre em Paris em 2015, tenha mais sucesso que o de Copenhaga,
em 2009, que foi considerado um fracasso.
Barack Obama concordou em reduzir
as emissões de gases que provocam o efeito estufa dos Estados Unidos em 28% até
o ano 2025, em relação ao nível de 2005. O país é responsável pela emissão de 16%
dos gases do mundo.
Já a China, que é de longe o
maior poluidor, respondendo por 29% das emissões, concordou com uma meta menos
ambiciosa. O gigante asiático promete atingir o seu pico de emissões em 2030 e
reduzir a partir de então. Mesmo assim,
O comprometimento do país foi elogiado
por ativistas, já que a China nunca antes havia determinado datas para sua
política ambiental.
Os países da União Europeia –
responsáveis por 11% da poluição do mundo – também chegaram a um acordo na
semana passada para reduzir a emissão de gases em 40% até 2030, em relação aos
níveis de 1990.
China e Estados Unidos, juntos,
respondem por 45% do dióxido de carbono do mundo. A postura dos dois países
será decisiva para garantir um acordo global na redução de emissões após 2020
seja conquistado no encontro do ano que vem.
Nos Estados Unidos, o Partido
Republicano, que faz oposição a Obama e que controla o congresso, já chamou o
acordo de “irrealista”. O senador Mitch McConnell disse que Obama vai jogar
para o seu sucessor um acordo que deverá se tornar um “destruidor de empregos”.
Organizações governamentais e
cientistas celebraram o acordo com otimismo. O World Resources Institute, grupo
ambiental americano, o considerou um avanço.
“É uma novidade termos líderes dos
EUA e da China lado a lado se comprometendo a diminuir as emissões de seus
países”, disse o presidente da entidade, Andrew Steer.
“Os dois lados
reconheceram claramente a ameaça crescente da mudança climática e a necessidade
da ação urgente”, disse o ativista.
ANG/RFI
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