segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Direito Consuetudinário

Estudos recomendam reforço dos direitos das Mulheres

Bissau, 17 Nov. 014 (ANG)- Os estudos feitos sobre direitos consuetudinário recentemente publicado recomendam  o reforço dos direitos fundamentais  e humanos das mulheres da Guiné-Bissau.

Segundo o relatório final do projecto de recolha e codificaçäo do Direito Consuetudinario vigente na Guiné-Bissau, esta recomendação é fundamentada pelas varias violações dos direitos das mulheres apuradas pelos referidos estudos.

Entre outros aspectos, os estudos analisaram o estatuto da mulher nas sociedades Fula, Balanta, Mandinga, Manjaca, Mancanha e Papel.

O mesmo estudo recomenda a preparação de um projecto de reforço das garantias processuais penais ao nível dos mecanismos tradicionais de resolução de conflitos de natureza penal.

Num relatório de 64 paginas, conclui-se que a compatibilidade entre o Direito escrito do Estado e os direitos costumeiros deverá ser feita através da utilização de mecanismos jurídicos da legislação especial e excepcional, justificada em especificidades regionais, desde que não sejam postos em causa  os princípios estruturantes da ordem jurídica da Republica da Guiné-Bissau, com destaque para os que constam do catalogo dos direitos fundamentais.

O relatório destaca que os direitos consuetudinários vigentes têm dinâmica própria de normas costumeiras cuja vigência e eficácia individual  depende da existência de convicções de obrigatoriedade permanentemente reforçadas ou contrariadas pela repetição e pelo respeito.

Espera-se que em termos práticos os resultados desses estudos contribuam para a mudança de mentalidades daqueles que estão envolvidos no processo de aplicação  das normas consuetudinárias em conformidade com a protecçäo e o respeito aos direitos fundamentais e dos direitos humanos aos quais se submete a Guiné-Bissau.

Os estudos sobre o direitos costumeiro guineense foi financiado pela União Europeia e o PNUD e teve como coordenador-geral, o professor, Fernando Loureiro Bastos, assessor científico da Faculdade de Direito de Bissau entre 2007-2011. ANG/AI/SG


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