Direitos e bem-estar da Criança
Governo
e ONGs assumem compromisso de remeter relatórios às instâncias superiores
africanas
Bissau, 19 Nov 14 (ANG)-As
instituições governamentais e não-governamentais do país assumiram hoje perante
a missão conjunta do Comité Africano dos Peritos sobre os Direitos e Bem-Estar
da Criança (CADBEC) e da União das Coligações da Africa Ocidental para a
Protecção da Criança (UCOA), o compromisso de
passar a elaborar e submeter a essas organizações os relatórios sobre a implementação da Carta Africana dos Direitos e Bem-Estar da
Criança.
Consta que a Guiné-Bissau
nunca tinha feito esse seu dever perante os dois instrumentos africanos de
defesa dos direitos das crianças , não obstante os ter ratificado.
Durante a sua visita de 5
dias , a missão acompanhada pela Coligação das Organizações de Defesa dos
Direitos da Criança na Guiné-Bissau (CODEDIC-GB) sensibilizou as autoridades
nacionais e organizações internacionais vocacionadas no domínio da protecção da
infância no sentido de apoiarem técnica
e financeiramente o processo de elaboração e submissão dos respectivos
relatórios.
Num encontro entre a missão
e as autoridades guineenses, no
Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), o Director-geral dos Assuntos
Jurídicos e Consulares do MNE, Alfredo Cristóvão, Gomes Lopes (Fefé),prometeu
colocar na agenda dessa instituição a preparação desses relatórios assim que voltar de uma
viagem ao exterior.
“ É uma questão de vontade por parte dos
actores interessados neste assunto, por
isso não será difícil. Além do MNE há outros ministérios e organizações de
defesa dos direitos da Criança cujas realizações podem perfeitamente ajudar na
preparação destes relatórios”, afirmou.
Quanto ao aspecto financeiro
de uma eventual “comissão nacional”, para
o efeito, aquele responsável afirmou ser impossível trabalhar com técnicos sem lhes criar meios logísticos e financeiros.
Entretanto, prometeu
entabular contactos com os parceiros de desenvolvimento para que contribuam com
o possível.
Por sua vez, o representante
da PLAN/Guiné-Bissau, Alassane Drabó, disse tratar-se de uma iniciativa que
merece todo o apoio por parte da sua organização.
“ Estamos sensíveis à causa que a missão está a promover e
pensamos que as vossas solicitações são fundadas. Por isso, reiteramos o nosso
engajamento em segui-los, na medida do possível e fazer com que outros
parceiros e naturais aliados como a UNICEF possam dar assistência à esta
dinâmica”, disse Drabo.
Em jeito de balanço da
visita, o presidente da UCOA, Sidikou Moussa, considerou de positivo a estada
da missão no país.
“ Encontramos as autoridades
conscientes dos seus deveres e das suas obrigações, mas também dispostas a dar seguimento aos nossos pedidos”, enalteceu.
A missão, segundo aquele
responsável, constitui uma primeira etapa e a segunda vai consistir no seguimento dos engajamentos assumidos pelas
autoridades da Guiné-Bissau.
Dos 54 países
constituintes da Coligação sete
inclusivé a Guiné-Bissau, ainda não entregaram os seus relatórios à esta organização, devendo faze-la o mais
tardar até final de 2015.
ANG/FGS/SG
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