Conselho de Segurança estende mandato do
UNIOGBIS por três meses
Bissau,
27 Nov 14 (ANG) - O Conselho de
Segurança da ONU estendeu terça-feira o mandato do Gabinete Político e
Integrado das Nações Unidas de Consolidação da Paz para a Guiné-Bissau
(UNIOGBIS) até 28 de Fevereiro de 2015.
A informação consta num
documento do departamento de comunicação desta instituição especial da ONU no
país à que a ANG teve acesso.
De acordo com o comunicado,
esta prorrogação de mandato que inicia no dia 01 de Dezembro visa “ continuar a
ajudar a enfrentar uma série de desafios políticos, de segurança e de
desenvolvimento no país”.
Conforme a nota de imprensa,
em termos concretos, a UNIOGBIS incidirá sobre, entre outras tarefas, no apoio ao
diálogo político inclusivo e o processo de reconciliação nacional, para facilitar
a governação democrática, assistir e fortalecer as instituições democráticas e
reforçar a capacidade dos órgãos do Estado para funcionarem efectiva e
constitucionalmente.
Lê-se ainda que este Escritório da ONU no país, continuará a prestar conselhos estratégicos e técnico e apoiar o estabelecimento efectivo e eficiente da lei e o sistema da justiça criminal e penitenciária, bem como aconselhamento e apoio para a implementação da reforma do sector da segurança nacional.
“Na sua resolução, o Conselho reiterou a preocupação com os relatos de violações e abusos de direitos humanos contínuos, e apelou ao governo da Guiné-Bissau para conduzir investigações transparentes e credíveis sobre todas as alegadas violações dos direitos humanos e abusos, e deter os responsáveis pelos seus actos”, acrescenta o comunicado.
Sobre a questão do narcotráfico, o Conselho de Segurança das Nações Unidas disse estar preocupado “com a ameaça à estabilidade representada pelo tráfico de drogas, enfatizando a necessidade de resolver o problema, nos países de origem, trânsito e destino final”.
Nos últimos anos, vários
relatórios das organizações internacionais como a Agência da ONU para o Combate ao Tráfico de
Droga e ao Crime Organizado, ONUDC, colocaram a Guine- Bissau no rol de países de
trânsito de estupefacientes vindos de América Latina para a Europa e os Estados
Unidos.
Por isso, o Conselho apelou às autoridades da Guiné-Bissau para analisarem, aprovarem e implementarem legislações e mecanismos nacionais para combater mais eficazmente a criminalidade transnacional organizada.
Actualmente, o UNIOGBIS é
dirigido pelo antigo Presidente de São Tomé e Príncipe, Miguel Trovoada que
substituiu no cargo, o Prémio Nobel da paz e ex-Chefe de Estado de Timor Leste,
Ramos Horta.
O prolongamento desse
mandato satisfaz o pedido do governo guineense feito pelo Primeiro-ministro,
Domingos Simões Pereira às Nações Unidas
no âmbito de uma deslocação à Nova Iorque na semana passada.
ANG/QC/SG
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