quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Diaspora/Macau


(AGNAGB) empenhada na promoção da cultura guineense

Macau,06 Nov 14 (ANG) - Associação dos Guineenses, Naturais e Amigos da Guiné-Bissau (AGNAGB), exorta o governo guineense a apoiar-lhe na aquisição de artigos culturais do pais para exibição nos eventos que regularmente se realizam nesta Região Econômica e Administrativa da República Popular da China.

Filomena Edmundo Guimarães Barros
Em declarações à Agência de Noticias da Guiné, a Presidente da (AGNAGB) revelou que a participação da organização em actividades promocionais em Macau tem sido possível graças aos esforços financeiros d e si e do marido.

“Os objectos culturais da Guiné-Bissau com as quais a Associação tem participado em diversas circunstâncias foram adquiridos por mim ou pelo meu marido nas nossas deslocações ao pais, nomeadamente panos de pente, estatuetas de barro, madeira e peças de olaria entre outros”, referiu Filomena Edmundo Guimarães Barros que lembra que depois são reembolsados pela organização, com excepção dos custos de transporte.

Explicou que o governo em Macau anualmente, entre os meses de Outubro à Novembro, patrocina a realização de uma festa denominada “Lusofonia”, na qual tomam parte as associações das comunidades dos dos países africanos da língua portuguesa ali residentes.

Para esse evento, prossegue a Presidente, o executivo em Macau solicita a cada uma delas a convidar uma cozinheira e um artista nos respectivos países a fim de revelar as diversidades gastronômicas e culturais dos respectivos no referido certame, “muito concorrido e de grande impacto na REAM”.

Cada comunidade convidada instala-se no respectivo pavilhão no qual exibem as potencialidades culturais e gastronômicas, além da actuação dos seus artistas. A cada iniciativa deste gênero, segundo confidenciou Filomena Barros, escolhe-se um tema, pelo que o deste ano, que ocorreu em meados de Outubro, foi “A Biodiversidade na Guiné-Bissau”.

Filomena ao lado do marido
Outro evento de elevada importância e pelo qual a organização dos guineenses em Macau não descuram é a celebração do dia da independência nacional, durante o qual organiza sarau cultural que inclui um jantar de confraternização e dança.

“Aquando da celebração dos 40 anos da nossa independência, tivemos o artista Patche de Rima como convidado que encantou a assistência”, esclareceu a Presidente que realçou ainda os dotes da senhora convidada para apresentar a gastronomia guineense.

“Não é nada fácil”, foi a pronta resposta da Filomena Barros quando questionado sobre a tarefa de dirigir uma organização desta natureza longe da mãe-pátria, pois, como fez questão de salientar, as dificuldades são enormes sobretudo na selecção dos que virão representar o pais na festa da lusofonia.

“Por falta de contacto directo com o governo, ultimamente temos recorrido a ONG Acção para o Desenvolvimento, que nos tem apoiado na selecção de uma cozinheira e artista”, frisou lembrando que a tarefa não é nada fácil, pois são preciso talentos para que o pais seja representado condignamente.

Por outro lado apontou as dificuldades financeiras como outros dos problemas com que a organização depara, pois as 50 patacas (moeda local e que equivalem 3.500 francos CFA) pagas mensalmente pelos associados muito menos cobrem as despesas de aluguel da sede e pagamento das taxas de luz e água. “Por vezes, somos socorridos por outras organizações”, disse sem especificar quais.

A ANA-GB/Macau conta com cerca de 45 associados entre os naturais estudantes e os que fixaram residencia em Macau, respectivos conjugues de nacionalidades estrangeiras, filhos e amigos.


José Augusto Mendonça e Ângelo da Costa, enviados especiais a Macau


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