quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

UNTG/Secretário-geral critica  valores de   subsídios  atribuídos aos responsáveis de órgãos da soberania

Bissau, 07 Jan 21 (ANG) – O Secretário-geral da Unhão Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) declarou hoje o seu repúdio aos valores de subsídios que diz ser “avultados” atribuídos aos responsáveis de órgãos de soberania e não só.

Segundo o despacho numero 77/ 12 de Agosto de 2020, assinado pelo Primeiro-ministro e que o Secretário-geral UNTG publicou na sua página de facebook,  o Presidente da República tem direito a um perdiem diária de viagem ao exterior no valor de 650 mil fcfa e para o interior do país - 450 mil francos, e 25 milhões de subsídios de representação.

O mesmo despacho refere ainda que o Presidente da Assembleia Nacional Popular e o Primeiro-ministro passam a receber nas mesmas condições 350 a 150 mil francos cfas e 10 milhões de subsídios de representação.

Os ex-Presidentes eleitos, de acordo com o referido despacho têm direito a um montante de 3 milhões de fcfa de subsídios e perdiem de representação de viagem ao exterior e interior, assim como três bilhetes de passagem ( classe executiva) por ano, acompanhado de um segurança e um protocolo.

As ex-primeiras-damas têm  direito a 3 bilhetes de passagem anuais na classe executiva.

O despacho indica ainda que os presidentes Interinos/ transição têm direito a um montante de  2.500.000fcfa e 2 bilhetes de passagem anual na classe executiva.

O mesmo documento atribui igualmente as primeira damas 2 bilhetes de passagem anuais.  

Em declarações a Radiodifusão Nacional, em jeito de reação ao despacho do Primeiro-ministro, Júlio Mendonça considerou de “caricato” a atribuição destas somas, que segundo ele poderiam ser aplicadas nos sectores sociais.

Mendonça disse  que essas atribuições  não correspondem com  a realidade do país, frisando que, o próprio Presidente da Assembleia Nacional Popular, aliás toda a gente sabe que os deputados não trabalham e não pagam também os impostos.

“Todos estes mordomias criadas é para enriquecer mais os governantes e provoca  mais  sofrimento do povo”, criticou.

 Júlio Mendonça disse que, para assegurar essas despesas, o governo decidiu simplesmente aumentar e criar novos impostos, e “sacrificar mais o trabalhador que aufere um salário miserável”.

 “Por isso, a única coisa que posso dizer aos trabalhadores é de que chegou a hora de  perceberem  quem é que, na verdade,  está mais preocupado com eles”, disse acrescentando  que na sua opinião, não são os governantes.

Mendonça sustenta que por essas razões, os trabalhadores devem se solidarizar-se e acompanhar os sindicatos para fazer valer a luta, para que o futuro dos seus filhos não sejam adiados.

O Secretário-geral da UNTG prometeu  entregar ao governo  novo pré-aviso de greve para se iniciar uma nova  paralisação na Função Pública, no próximo dia 18 de Janeiro.

A primeira semana de greve de 2021 termina na sexta-feira.ANG/LPG/ÂC//SG

 

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