Proibição de uso de sacos plástico divide utentes
Bissau, 2 Set
13(ANG)-Os utentes de sacos de plástico estão divididos quanto a aplicação da lei que
proíbe a importação e uso de sacos plástico.
De acordo com as
auscultações feitas hoje em Bissau pela
ANG alguns utentes foram unânimes em
reconhecer o perigo dos sacos de plástico ,mas
dizem que a lei ora em vigor
devia ser aplicada contra todos os tipos
de sacos de plástico.
Houve quem duvidasse das capacidades de controlo do
governo sobre a aplicação da lei, e quem sugere a suspensão da aplicação da lei
até que sejam esgotados os stocks de sacos já importados.
Paula Jorge Sebastião
é vendedeira no Mercado de Bandim, em Bissau,
disse estar de acordo com a lei porque, segundo ela, os sacos de
plástico estão em todo lado a prejudicar o ambiente,
e levam muitos anos para se decompor.
Paula acrescentou que seria melhor que cada utente
levasse para as compras os seus próprios sacos especiais ou cestos, como se
fazia antigamente.
“É verdade que há artigos alimentícios que não podem
ser levados nos sacos de papel da empresa ,INACEP como carnes ,óleo etc, mas a
lei é para cumprir”, rematou.
Jeremias Tchuda,
pequeno
comerciante, morador no Bairro de Mindará ,disse estar de acordo
com a lei mas considerou que o governo podia ter feito algo no sentido de
sensibilizar os cidadãos sobre como se comportar com os sacos de plástico de maneira a não
prejudicar o solo .
“O Governo devia fazer um trabalho de base mostrando
as pessoas o perigo dos sacos de plástico e dar um tempo suficiente para que os
comerciantes esgotem os stocks existente no país , se não, os comerciantes
podem vir a retalhar e a pobre população é que paga a dívida que não é
dele”,disse
Jeremias disse duvidar se os sacos da INACEP vão poder colmatar a vaga deixada pelos sacos de plástico,
por isso, aconselha ao governo a rever a sua posição e paulatinamente controlar
a execução da lei no terreno para não ser, apenas mais uma.
O Governo decretou uma lei que proíbe importação e uso
de sacos de plástico a partir do passado
dia 1 de Setembro do ano em curso.
Na semana passada o presidente da Associação de
Retalhistas dos Mercados, protestou o facto de a lei não abranger os sacos de
plástico produzidos no país e que são utilizados nas embalagens de água
filtrada vendida a 50 francos. ANG-MSC
A iniciativa merece aplausos, é um primeiro passo. No entanto o papel tem as sua limitações que impedem que ele seja utilizado para todos os fins. Por exemplo um saco de lixo não por ser de papel, um saco para transportar carnes e peixe não por ser de papel, e há muitos mais exemplos. O papel pode ser biodegradável, nem sempre o é vai depender das condições e meio ambiente. O plástico tradicional pode ser banido, mas para informação as analises de ciclo de vida demonstram que o plástico é de longe melhor que o papel. Há uma tecnologia que permite ao plástico ser biodegradável a oxo-biodegradável. Para mais informações: www.demoustier.pt
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