“ É impreterível a realização das
eleições o mais depressa possível na Guiné-Bissau” - diz analista político,
Pedro Milaco
Bissau 10 set 13 (ANG) – O Analista político guineense, Pedro
Morato Milaco afirmou hoje que é impreterível a realização, o mais rápido
possível, das eleições gerais como forma de desbloquear o país e evitar
consequências maiores.
Em entrevista exclusiva à Agência de Noticias da Guiné (ANG),
o analista político disse que, se as eleições marcadas para o dia 24 de Novembro
do ano em curso, forem adiadas, vai agravar ainda mais a situação
socioeconómica e política da Guiné -Bissau.
“Quanto mais tarde realizamos as eleições, o país continuará
na situação de instabilidade crónica, vão prevalecer as sanções da Comunidade
Internacional e com efeitos imprevisíveis”, avisou.
Milaco referiu que todas as eleições realizadas na história
da Guiné-Bissau, de 1994 para cá, foram financiadas pela Comunidade
Internacional, acrescentando que, sem o apoio exterior, nenhum Governo
conseguirá sozinho realizar o escrutínio.
“Se a Comunidade Internacional continuar com a política de
bloqueio às autoridades de transição, nem se forem cinco anos, não será
possível fazer as eleições na Guiné-Bissau”, salientou Pedro Milaco.
O analista político sublinhou que a própria Comunidade
Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) falhou no processo, ao
determinar o prazo de 31 de Dezembro, como limite para o fim da transição, sem uma
avaliação previa da situação no terreno.
Morato Milaco afirmou que uma das alternativas para que as
eleições se realizassem a 24 de
Novembro é a utilização do Banco de
Dados do escrutínio do ano passado. Isto é, acrescenta, “se esses dados não
estão na origem do imbróglio ocorrido nas eleições passadas”.
Pedro Milaco frisou que, se o processo da preparação das
eleições gerais está a enfrentar enormes constrangimentos, “é porque a própria
Comunidade Internacional, está com “dores de cotovelo”, uma vez que financiou as eleições de 2012 e as mesmas
forem inconclusivas devido ao golpe de Estado de 12 de Abril”.
“Muitas das vezes, a Comunidade Internacional, em vez de
funcionar como solução, ela mesmo torna-se parte do problema ao demonstrar
tendências para um determinado candidato nas eleições”, criticou o analista. ANG/ÂC/SG
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