Seis por cento de crianças com menos de 5 anos afectadas
Bissau, 11 Set 13 (ANG) -A coordenadora do Programa
Descentralizado de Segurança Alimentar (PDSA), Carla de Carvalho, revelou hoje que
os recentes indicadores nacionais apontam que seis por cento das crianças com
menos de 5 anos estão numa situação de desnutrição aguda.
A revelação foi feita na cerimónia de abertura do primeiro
fórum das Redes da Sociedade Civil para a Soberania e Segurança Alimentar e
Nutricional na Guiné-Bissau (RESSAN-GB) e o Programa Descentralizado de
Segurança Alimentar (PDSA) que decorre em Bissau.
Carla de Carvalho
anunciou ainda que 20 por cento dos agregados familiares nas zonas rurais estão
em situação de insegurança alimentar, 27 por cento na de desnutrição crónica,
18 por cento em insuficiência ponderal e que 1,3 por cento das mulheres com
idade fértil sofrem de desnutrição crónica.
A coordenadora do PDSA apontou o baixo nível de produção, a
perda de produção após colheita, ausência de infra-estruturas no quadro
regulamentar ao longo da cadeia de valores, fraca organização dos pequenos
agricultores, ausência de um ensino especializado e conhecimentos insuficientes sobre o
aproveitamento sustentável dos recursos naturais, como os grandes entraves ao
desenvolvimento do sector agro-alimentar e promoção da soberania e de segurança
alimentar e nutricional.
Tomane Camará , coordenador da RESSAN-GB justificou que a
organização do fórum tem por objectivo sensibilizar as organizações que actuam
na área de segurança alimentar e nutricional com bvista a obtenção de uma
resposta para os desafios que a insegurança alimentar e a desnutrição colocam.
Camará defendeu a
necessidade de se inverter as políticas globais, regionais e nacionais em
direcção a um paradigma de desenvolvimento mais sustentável de ponto de vista ambiental
e social.
.
Na ocasião, a representante da embaixada de Portugal, Natália
Falé prometera apoios da cooperação portuguesa à população guineense nos
esforços para dar resposta as suas necessidades básicas.
Natália Falé lamentou o facto de os dados disponíveis revelarem
que 65 por cento da população vive com cerca de mil francos por dia, cerca de
20 por cento vive em situação de pobreza extrema, sobrevivendo diariamente com apenas
cerca de seiscentos francos cfa.
Acrescentou que estes números empurram a comunidade internacional,
ao nível bilateral e multi lateral, para a necessidade de estar na linha de frente
no combate a tão gritante situação de
carência alimentar. ANG/LPG /SG
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