Jornalistas
de Senegal, Gâmbia e Guiné-Bissau beneficiam de formação sobre segurança em
zonas de conflito
Ziguinchor, 27 Set. 13 (ANG) - Os jornalistas devem ser
protegidos, pois são um bem excepcional para a democracia, constatou dia 27, o
vice-governador da região senegalesa de Casamance na cerimónia de encerramento
do seminário regional de formação em matéria de segurança para os homens da
imprensa de Senegal, Gâmbia e da Guiné-Bissau.
O evento decorreu durante 5
dias em Ziguinchor, contou com presença de mais de 25 jornalistas oriundos dos
três países e teve como moderadores os “veteranos
escribas” o senegalês Tidiane Sy e Ricardo
Gonzáles do Gabinete Internacional do Artigo 19, organização de defesa e
protecção dos jornalistas baseada no México, responsável por esta acção de
formação.
Na ocasião, Abou Sow realçou
a importância e o papel preponderante que a imprensa joga na promoção e
consolidação da democracia, dando como exemplo o seu país, Senegal, onde por
acção e influência desta classe, as contestações dos resultados eleitorais se
diminuíram.
“É preciso trabalharmos
todos para que possa haver a liberdade da imprensa e consequentemente de
expressão nessa nossa zona africana”, apelou o governante senegalês
dirigindo-se as autoridades dos respectivos países e as organizações de defesa
dos jornalistas.
O discurso do vice de
Casamance foi antecedido pelo da Directora do Artigo 19 para a sub-região
africana que referiu-se concretamente as condições precárias e o alto nível de
risco em que os jornalistas dos três países trabalham, “apesar da nobreza desta
profissão”.
“Os jornalistas são
confrontados com muitos riscos no exercido das suas actividades, nomeadamente são
vitimas de rapto, espancamento, manipulação, tortura física e moral entre
outros”, salientou Fatou Jagne Senghor que justificou assim a razão da
organização desta acção de formação para os jornalistas.
Entre outras razões, evocou
a necessidade de dota-los de conhecimentos e experiencias sobre como evoluir em
caso de conflitos armados, manifestações violentas ou outras acções
susceptíveis de por em perigo a vida dos jornalistas.
A Directora do Artigo 19,
organização cuja acção na zona oeste africana iniciou em 2010, acrescentou
ainda que o encontro respondeu a necessidade de preparar os jornalistas para saberem
reduzir o impacto dos risco e salvaguardarem as respectivas integridades
físicas durante o trabalho.
A concluir apelou aos
participantes a porem em prática os conhecimentos adquiridos e que saibam
dissemina-los junto aos colegas que não puderam estar presentes desta vez.
Medidas de Segurança de um
jornalista, Circulo de prevenção, Zonas, Níveis e Fases de Riscos para um
jornalista e o Conceito sobre o Direito Internacional Humanitário foram entre
outros temas administrados durante a formação, em que a Guiné-Bissau se fez
representar por 4 jornalistas.
ANG/JAM
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