quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Política partidária



PCD realiza 3º Congresso Ordinário em Setembro

Bissau, 19 Set 13 (ANG) – O Partido da Convergência Democrática (PCD) realiza o seu terceiro congresso ordinário nos dias 28 e 29 de Setembro na cidade de Gabú , Leste do país, revelou hoje à ANG o presidente da Comissão Organizadora do evento.

Vicente Fernandes disse que a reunião magna do partido contará com 300 delegados e será subordinado ao lema” Congresso Para Mudança Geracional do País, com vista a Reposição de Valores, Rumo ao Desenvolvimento, Reforço do Estado de Direito e da Unidade Nacional”.

 Fernandes afirmou que o partido decidiu escolher este lema, porque existe uma necessidade de mudança de geração e de reposição de valores que o país perdeu.

“Agora são os analfabetos que mandam sobre os alfabetizados. Quer dizer que a escola não tem valor hoje em dia na Guiné-Bissau. Não há promoção de carreira  que permita os melhores passarem a frente, independentemente de credos religiosos étnicos e de outra natureza. A competência e o valor de cada um é que vão fazer a diferença para mais ou menos”, vincou.

Vicente Fernandes sublinhou  que o PCD pretende promover o Estado de Direito que, na sua opinião, ainda não existe na Guiné-Bissau.

“Os desmandos que aconteceram todos estes anos no país, demonstram que vivemos num Estado fragmentado. Há que refazer o Estado. As instituições têm que começar a funcionar e não são as pessoas que devem representar o Estado, não. As instituições é que devem funcionar correctamente”, avisou.

Em relação a unidade nacional, aquele político, disse que foi quebrado por alguns políticos “egoístas” que fizeram  fissuras no tecido social e étnico da Guiné-Bissau, “o que  nunca houve”.



“Nas ultimas eleições, tem havido chamamento e apelos à questões étnicas o que é reprovável. É pura demagogia dos políticos que são incapazes de proporcionar aos seus eleitores, valores que lhes convençam que de facto, projectam o desenvolvimento da Guiné-Bissau E discute-se atrás das questões étnicas religiosas”, lamentou Vicente Fernandes.

O candidato derrotado nas eleições presidenciais do ano passado considerou que o problema da Guiné-Bissau é o falhanço de uma geração de políticos.

Perguntado  se vier a ser eleito Presidente da PCD será capaz de recolocar o partido no lugar que ocupava no xadrez político guineense, Vicente Fernandes respondeu que, de facto, aquela formação política tinha um lugar de destaque merecido, porque era constituído por jovens com idade de 25 à 30 anos que vinham com algumas tendências universitárias do exterior.
“O PCD na altura tentou transpor uma cultura democrática aberta, mas que não se conduzia com o estado evolutivo do eleitorado na altura. Tínhamos acabado de sair do sistema de um partido único. As pessoas não sabiam o que era a democracia e nós, com o fulgor e dinamismo que tínhamos, conseguimos de facto criar uma certa esperança ao eleitorado”, explicou.
Vicente Fernandes sublinhou que, infelizmente, o PAIGC que não estava preparado para a abertura democrática, utilizou mecanismos extra democráticos, perseguições políticas, coações, ameaças, e despedimentos, tudo para amedrontar a juventude que na altura  aclamava  a mudança. ANG/ÂC/SG




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