ONU quer
eleições mesmo na data marcada
Bissau, 13 Set
13 (ANG) - O Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas
composto por 15 membros pediu esta quinta-feira às autoridades da Guiné-Bissau
para resolverem quaisquer questões pendentes e permitir o início do processo
eleitoral, com “a maior brevidade possível”.
“É imperativo que as eleições presidenciais e
legislativas sejam realizadas o mais rapidamente possível, tendo em conta o fim
do período de transição estabelecido para 31 de Dezembro do ano em curso”,
refere um comunicado emitido por este órgão da ONU.
No comunicado, o CS exorta às autoridades guineenses
para resolverem quaisquer obstáculos, incluindo a adopção de um código de
conduta e que todos os agentes políticos possam participar com segurança no
processo político.
O
CS, informa a nota, pediu às autoridades de transição no sentido de tomarem
“todas as medidas necessárias para aprofundar o diálogo político interno e
garantir que estas eleições sejam credíveis, transparentes, inclusivas e
democráticas”.
No
início deste mês de Setembro, o Representante Especial da ONU na Guiné-Bissau,
José Ramos-Horta, que é também o chefe da missão política da ONU no país
(UNIOGBIS), alertou o Conselho de Segurança sobre os riscos de um possível
atraso na organização das eleições, o que poderia “desestabilizar a situação
política, minando os esforços” que as organizações internacionais têm “feito
até agora”.
Todavia,
no mesmo encontro, Ramos-Horta admitiu também a possibilidade do adiamento do
escrutínio devido “a problemas de financiamento e outras razões logísticas”.
Na
última declaração sobre a situação naquele país oeste africano, o Conselho de
Segurança saudou os compromissos dos parceiros internacionais da Guiné-Bissau e
exortou-os a permanecerem empenhados no processo político em curso. No ponto de
vista da ONU, “é necessário o apoio de parceiros da Guiné-Bissau para financiar
o processo eleitoral”.
O
Conselho reiterou também a sua preocupação com a “cultura de impunidade e a
falta de prestação de contas” na Guiné-Bissau e pediu a realização de uma
Conferência Nacional sobre a impunidade, justiça e os direitos humanos.
No
último mês de Julho, a União Africana levou uma segunda missão de avaliação
conjunta a Bissau, envolvendo a Comunidade Económica dos Estados da
África Ocidental (CEDEAO), a Comunidade de Países de Língua Portuguesa
(CPLP), a União Europeia, a Organização Internacional da Francofonia, assim
como a ONU.
As
eleições presidenciais e legislativas estão marcadas inicialmente para 24 de
Novembro deste ano.
ANG/GB
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