Bissau,
27 Set 13 (ANG)- O presidente da República de Transição, Manuel Serifo Nhamajo
pediu paciência, compreensão e solidariedade à comunidade internacional perante
a situação que a Guiné-Bissau enfrenta actualmente.
De
acordo com o discurso a que tivemos acesso através do Blog gbissau.com,
relativo a 68ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, Nhamajo traçou o ponto de situação da
Transição política na Guiné-Bissau e fez questão de explicar como se tornou
Presidente da República de Transição, afirmando que não é golpista nem mandante
de acções golpistas.
Nhamajo
referiu que a Transição Política entrou no bom caminho com a aprovação pelo
parlamento, do Acordo Político revisto, do Programa e Orçamento Geral do Estado
e a nomeação, por decreto presidencial, de um governo de base política
alargada.
“O que
resta e não é pouco, é garantir o financiamento de um processo eleitoral que se
quer eficaz e transparente, cujo pressuposto base é o estabelecimento de
cadernos eleitorais fiáveis algo que só se consegue por via de um bom recenseamento
ou registo eleitoral”, disse Nhamajo que discursou no dia 26, quinta-feira.
O chefe de Estado guineense explicara que os
acontecimentos de 12 de Abril do ano passado criaram nova conjuntura política
na Guiné-Bissau. E que em consequência, várias opções de saídas se apresentaram
e que, na sua opinião, a que prevaleceu foi a melhor.
“Foi
possível se prevenir de derrapagens políticas que caso tivessem tomado corpo e
consistência, a Guiné-Bissau teria entrado numa aventura político-militar de
consequências imprevisíveis, e certamente, muito mais graves, do que aquelas
que até então prevaleceram”, disse.
O chefe
de estado guineense acrescentou que duas posições contrapostas, o retorno imediato
e o retorno progressivo à ordem constitucional, se apresentaram após o golpe,
sendo a segunda a que, de seu ponto de vista, era mais realista.
Para a
viabilização dessa segunda opção, segundo Nhamajo, contou-se com solidariedade
da Comunidade Económica dos Estados de Africa ocidental (CEDEAO).
“A
CEDEAO assumiu todas as suas responsabilidades na gestão do acordado período de
transição, tendo para o efeito destaco para Bissau uma missão militar de
estabilização, a Ecomib”, disse.
No plano
politico constitucional, sublinhou que, através do parlamento, conseguiu-se
adoptar a Transição Política de uma base institucional legítima e legitimadora.
“Na
minha pessoa estava reunida a condição de deputado e primeiro vice-presidente
da Assembleia Nacional Popular. Foi assim que o Presidente da República de
Transição surgiu. Não veio propriamente de um golpe militar. Eu sou um democrata
por convicção amadurecida que nunca foi golpista nem mandante de acções
golpistas”, afirmou. ANG/SG
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