terça-feira, 18 de outubro de 2022

Desporto/ Eusébio Mango Fernandes diz que os empresários de futebol não devem levar jogadores por encomenda para Europa

Bissau,18 Out 22(ANG) – O empresário de futebol Eusébio Mango Fernandes disse que no processo de agenciamento de jogadores, os empresários de futebol não devem levar os futebolistas por encomendas para Europa.

Em entrevista exclusiva à ANG, Mango Fernandes disse que, cada vez que for abordado de que existe um talento, por exemplo, em Bafatá, Mansabá ou outras localidades, prefere apanhar o avião para a Guiné-Bissau e se deslocar até as referidas localidades para apreciar o jogador.

“Tenho a noção do tipo de jogadores que poderão ser úteis para o Sporting Clube de Portugal, Vitória de Guimarães, Real Madrid e outros clubes”, disse.

Acrescentou que conseguiu ter os referidos dotes, devido a sua vivência como jogador, como observador técnico no Sporting Clube de Portugal e outras estruturas de agenciamento de jogadores na Europa.

Perguntado se a falta de cumprimento desses requisitos estão por detrás do fracasso de muitos jogadores na Europa, respondeu que, levar os miúdos para jogar na Europa é um processo muito complicado.

“Eu costumo levar os jogadores de todos os contextos, desde os que residem em Pitche, Bafatá, Canchungo, Bambadinca,  Bula e outras localidades, ou seja temos jogadores com a educação diferente”, salientou.

Mango disse que existem muitos jogadores com uma boa educação de base e outros não, acrescentando que, por isso, um empresário deve saber as formas de moldá-los, porque as vezes não têm culpas porque dependem do ambiente onde nasceram e cresceram.

“Muitos deles advém de famílias pobres e muitos conseguem apenas uma refeição diária e outros não comem bem e chegam aos clubes Europeus com falta de quilos e muito frágeis, e isso repercuta na sua adaptação”, disse.

Dos dez jogadores que leva para Portugal, diz Mango Fernandes, nove conseguem atingir sucessos. “Consigo fazer uma avaliação muito rigorosa e criteriosa do estilo dos jogadores que tenho que levar”, disse.

O empresário disse que para um jogador atingir o topo da carreira deve ultrapassar vários obstáculos, nomeadamente, de documentação, de clima ou seja sair da temperatura da Guiné que é de mais de 30 graus e chegar a Europa com temperaturas baixas entre outros.

“Então com todas essas barreiras, nós empresários devemos saber avaliar as referidas dificuldades e não podemos tirar os jogadores do contexto da Guiné-Bissau e levá-lo para Europa e num dia para outro pô-lo a treinar”, disse. ANG/ÂC//SG


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