Desporto/ Eusébio Mango Fernandes diz que os empresários de futebol não devem levar jogadores por encomenda para Europa
Bissau,18
Out 22(ANG) – O empresário de futebol Eusébio Mango Fernandes disse que no
processo de agenciamento de jogadores, os empresários de futebol não devem
levar os futebolistas por encomendas para Europa.
Em
entrevista exclusiva à ANG, Mango Fernandes disse que, cada vez que for
abordado de que existe um talento, por exemplo, em Bafatá, Mansabá ou outras localidades,
prefere apanhar o avião para a Guiné-Bissau e se deslocar até as referidas
localidades para apreciar o jogador.
“Tenho
a noção do tipo de jogadores que poderão ser úteis para o Sporting Clube de Portugal,
Vitória de Guimarães, Real Madrid e outros clubes”, disse.
Acrescentou
que conseguiu ter os referidos dotes, devido a sua vivência como jogador, como
observador técnico no Sporting Clube de Portugal e outras estruturas de
agenciamento de jogadores na Europa.
Perguntado
se a falta de cumprimento desses requisitos estão por detrás do fracasso de
muitos jogadores na Europa, respondeu que, levar os miúdos para jogar na Europa
é um processo muito complicado.
“Eu
costumo levar os jogadores de todos os contextos, desde os que residem em
Pitche, Bafatá, Canchungo, Bambadinca,
Bula e outras localidades, ou seja temos jogadores com a educação
diferente”, salientou.
Mango
disse que existem muitos jogadores com uma boa educação de base e outros não,
acrescentando que, por isso, um empresário deve saber as formas de moldá-los,
porque as vezes não têm culpas porque dependem do ambiente onde nasceram e
cresceram.
“Muitos
deles advém de famílias pobres e muitos conseguem apenas uma refeição diária e
outros não comem bem e chegam aos clubes Europeus com falta de quilos e muito
frágeis, e isso repercuta na sua adaptação”, disse.
Dos
dez jogadores que leva para Portugal,
diz Mango Fernandes, nove conseguem atingir sucessos. “Consigo fazer uma
avaliação muito rigorosa e criteriosa do estilo dos jogadores que tenho que
levar”, disse.
O
empresário disse que para um jogador atingir o topo da carreira deve
ultrapassar vários obstáculos, nomeadamente, de documentação, de clima ou seja
sair da temperatura da Guiné que é de mais de 30 graus e chegar a Europa com
temperaturas baixas entre outros.
“Então
com todas essas barreiras, nós empresários devemos saber avaliar as referidas
dificuldades e não podemos tirar os jogadores do contexto da Guiné-Bissau e
levá-lo para Europa e num dia para outro pô-lo a treinar”, disse. ANG/ÂC//SG
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