Senegal/8ª edição do Fórum
Internacional de Dacar sobre Paz e Segurança em África
Bissau, 24 Out
22 (ANG) - A 8ª edição do Fórum Internacional de Dacar sobre Paz e Segurança em
África decorre esta segunda-feira e terça-feira, 24 a 25 de Outubro, no
Centro Internacional de Conferências Abdou Diouf (CICAD) em Dacar, no Senegal.
O tema do fórum
deste ano é "África posta à prova por choques exógenos: desafios
de estabilidade e soberania" e conta com a presença de vários
chefes de Estado e membros de governo, bem como líderes de instituições
internacionais, não governamentais e do sector privado.
Os participantes do Fórum Internacional
de Dacar sobre Paz e Segurança em África vão poder discutir formas e meios de
abordar as principais preocupações de segurança, políticas e socioeconómicas do
continente africano.
Esta edição vai prestar particular atenção
à África lusófona com a presença institucional de alto nível de Angola,
Cabo Verde e Guiné-Bissau. "É uma opção diplomática do nosso país
dar mais voz às suas relações com os seus parceiros muitas vezes distantes como
Angola, que é uma potência regional na África Austral", indicou o
Presidente senegalês, Macky Sall.
"Este fórum de segurança serve para
debater a cerca de questões que afligem o continente africano. Este tipo de
fórum é uma rotina, que decorre todos os anos, mas não têm produzido grandes
efeitos desejáveis", aponta Wilker
Dias, analista e docente moçambicano no Instituto Superior de Ciência
e Tecnologia Alberto Chipande (ISCTAC), em Maputo.
O docente acredita que o facto de
Moçambique ter ficado fora do fórum "não deixa de ser curioso",
justificando que o país tem estado "empenhado na diplomacia africana tanto
para a construção da paz, como para encontrar soluções para algumas
inquietações". Wilker Dias lembra ainda que "Moçambique fica
de fora deste fórum, numa altura em que vai assumir a pasta no Conselho de Segurança
das Nações Unidas".
Durante dois dias, os participantes são
convidados a responder às seguintes questões: Como garantir maior estabilidade
nos Estados fortalecendo autonomia quanto às questões de segurança? Como
desenvolver uma maior soberania alimentar, energética, sanitária e digital para
acabar com a dependência externa?
A 8ª edição do Fórum vai contar
com vários ateliers temáticos, juntando mais de 300 participantes;
líderes africanos e internacionais, empresários, doadores institucionais e
especialistas de alto nível. As discussões podem permitir encontrar
respostas às crises que África vive, em prol do desenvolvimento do
continente e do bem-estar das populações. Além do painel de alto nível, que vai
juntar os Chefes de Estado em torno dos desafios da estabilidade e soberania do
continente, dois temas fortes vão ser abordados durante as sessões
plenárias:
- Um primeiro painel sobre o empoderamento
estratégico do continente quanto às questões da segurança. A oportunidade de
discutir os resultados e as orientações estratégicas a serem seguidas para
promover ainda mais a autonomia de segurança da União Africana e das
organizações regionais do continente.
- Um segundo painel que vai tratar das
Crises e Soberanias Globais em África, com o objectivo de traçar novos
modelos mais resilientes de soberania africana, de forma a permitir aos Estados
lidar de forma mais eficaz com as consequências das crises internacionais.
Os parceiros históricos do Fórum, a França
e o Japão vão estar representados. Também estarão presentes delegações
internacionais com, entre outros, Arábia Saudita, Turquia, Índia, Gâmbia, Mali,
Sudão e Estados Unidos, além de organizações como UEMOA, CEDEAO e NATO. ANG/RFI
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