Energia/EUA recorrem a
reservas estratégicas para baixar preço do petróleo
Bissau, 19 Out 22 (ANG)
- O Governo dos Estados Unidos (EUA) vai libertar mais 15 milhões de barris de
petróleo das reservas estratégicas do país, numa tentativa de controlar os
preços da energia, informou hoje a Lusa.
A libertação, que será
realizada em Dezembro, é o último passo de um programa anunciado na primavera
pelo Presidente norte-americano Joe Biden e que previa a injecção de um total
de 180 milhões de barris para fazer face ao aumento dos preços, ligado à
invasão da Ucrânia.
"O Presidente
instruiu o Departamento de Energia a estar pronto para vender mais (petróleo
das reservas) neste inverno, se necessário, devido à Rússia ou outras acções
perturbadoras do mercado", disse um dirigente governamental aos
jornalistas.
Questionado sobre a
possibilidade de limitar ou suspender as exportações de petróleo, o dirigente
garantiu que a administração Biden "mantém todas as ferramentas na mesa,
tudo o que possa ajudar a garantir o abastecimento" do mercado
norte-americano.
Ao mesmo tempo, Biden
quer implantar um mecanismo de longo prazo para reabastecer, assim que o preço
do barril cair para menos de 72 dólares (73 euros), as reservas estratégicas,
que estão no nível mais baixo desde 1984.
Desde o início de
Setembro de 2021, os Estados Unidos retiraram mais de 212 milhões de barris das
reservas estratégicas. Nunca um presidente norte-americano recorreu a tais
quantidades de petróleo desde a criação das reservas em 1975.
A administração pretende
negociar contratos de recompra a um preço previamente acordado, através de um
processo de leilão, o que limitará os riscos associados à volatilidade dos preços,
de acordo com o dirigente.
A porta-voz da Casa
Branca, Karine Jean-Jane, disse na terça-feira que Biden irá anunciar hoje
oficialmente estas medidas, juntamente com mais iniciativas "para dar
algum alívio ao povo americano".
Os preços da gasolina
nos Estados Unidos subiram na semana passada depois da aliança OPEP, liderada
pela Arábia Saudita e Rússia, ter reduzido a produção em 2 milhões de barris
por dia, o maior corte na oferta de petróleo desde Maio de 2020.
Embora tenha caído 22%
desde o topo em meados de Junho, o preço da gasolina nos Estados Unidos
continua 16% acima do nível do mesmo período do ano passado.
Quanto ao diesel, o
preço recuou ligeiramente desde Junho, devido a reservas muito baixas, e custa
em média mais 50% do que há um ano. ANG/Angop
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