Rússia/ Putin garante que não vai
usar armas nucleares na Ucrânia
Bissau, 28 Out 22 (ANG) - O líder do
Kremlin, Vladimir Putin ,numa intervenção em Kremlin, voltou a acusar o Ocidente de ser
"russofóbico" e de querer dominar o mundo.
Putin defendeu que as nações ocidentais,
que apoiam a Ucrânia, são as grandes responsáveis pela escalada do conflito.
O Ocidente deu vários passos nos últimos
meses em direcção a uma escalada. Estão a alimentar a guerra na Ucrânia, a
organizar provocações em Taiwan e a desestabilizar o mercado alimentar e de
energia", salientou Vladimir Putin.
No decorrer do seu discurso, o líder do
Kremlin descartou ainda o uso de
armas nucleares na Ucrânia. Questionado sobre o assunto, disse que não
fazia sentido o uso destas armas, "quer política, quer militarmente".
E acrescentou que a política nuclear do país assenta no uso de armas nucleares
apenas em situação de defesa.
O líder do Kremlin garantiu também que
a iniciativa de falar sobre o
assunto nunca foi da Rússia, mas sim do Ocidente.
“A iniciativa nunca foi nossa de
falarmos sobre o possível uso de armas nucleares. Apenas respondemos às
declarações feitas por líderes de países ocidentais. Não precisamos de fazê-lo.
Para nós não faz qualquer sentido. Nem político nem militar”, afirmou
Putin.
Também esta quinta-feira, Putin
voltou a falar sobre a possível utilização de uma "bomba
suja" por parte da Ucrânia e pediu à Agência Internacional de Energia Atómica para inspeccionar as
instalações nucleares da Ucrânia.
O homem forte de Moscovo acredita que a
guerra na Ucrânia vai "beneficiar a Rússia", bem como o futuro do
país.
Durante o seu discurso, Putin não deixou
de fazer críticas à NATO e
acusou-a de "instrumentalizar a Rússia para cumprir os objectivos" da
Aliança Atlântica.
Depois de todos estes comentários
negativos, o líder do Kremlin rematou, dizendo que a Rússia não se considera
"inimiga do Ocidente", mas que nunca irá tolerar que o Ocidente lhe
diga o que deve fazer.
O chefe de Estado russo pronunciou-se
ainda sobre as eleições
brasileiras e disse que tem "boas relações" tanto com
Lula da Silva, como com Jair Bolsonaro, os dois candidatos que passaram à
segunda volta do escrutínio. Um deles será eleito a 30 de Outubro. Ambos têm
"consensos" relativamente à cooperação com a Rússia, segundo o
líder russo. ANG/RFI
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