Eleições/Presidente do Movimento
da Sociedade Civil diz que iminência de adiamento das legislativas antecipadas
não lhe surpreende
Bissau, 19 out 22
(ANG) – O Presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia
e Desenvolvimento disse que o eventual adiamento das eleições legislativas de
18 de dezembro para 23 de abril do próximo ano não surpreende a organização.
Ouvido hoje pela ANG sobre
o consenso alcançado entre o Governo e partidos políticos para que as eleições
tenham lugar no próximo mês de abril,
Fodé Carambá Sanhá disse que no âmbito do levantamento da situação sócio
demográfico e pluviométrica concluíram que não era possível realizar eleições na primeira data, 18 de dezembro, por coincidir
com a campanha agrícola.
“O primeiro aspecto é a deslocação da população
para prática da agricultura,que não favorece o recenseamento. Segundo, tem a ver
com a dependência de materiais para emissão e impressão de cartões localmente,
como determina a lei e terceiro aspecto se deve a necessidade de preparação de
técnicos que vão trabalhar com os equipamentos, assim como o risco que os próprios
equipamentos corriam caso chover”, acrescentou.
Segundo Carambá Sanhá,
o
recenseamento deve decorrer entre Janeiro e Março de 2023 para permitir o registo de todos
os eleitores, ou seja todos os cidadãos
com capacidade eleitoral ativa,a partir dos 18 anos de idade.
Defendeu a participação
das organizações da sociedade civel nos encontros de diálogo de busca de
consenso sobre processo eleitoral, o que
não aconteceu nas auscultações feitas pelo ministro da Administração Territorial.
Quanto caducidade da
Direção da Comissão Nacional de Eleições(CNE), o Presidente do Movimento da
Sociedade Civil apela ao consenso politico para que haja confiança e que as
eleições tenham lugar em Abril.
“A reestruturação da
direção da CNE deve ser feita pela plenária da Assembleia Nacional Popular(ANP)
o que não é possível, porque o
parlamento está dissolvido”, referiu.
O Presidente do
Movimento da Sociedade Civil encoraja a comunidade internacional no sentido de
continuar a apoiar o país, como tem feito sempre, no processo eleitoral, “porque
a Guiné-Bissau não consegue organizar eleições com seus próprios meios”.
O Presidente Umaro Sissoco Embaló, dissolveu a 16 de
Maio o parlamento e marcou eleições legislativas para 18 de Dezembro, mas na
semana passada o Governo admitiu adiar o escrutínio por ser
"impraticável".
Os principais partidos políticos guineenses defenderam a realização de um recenseamento
eleitoral de raiz, que segundo a lei deve durar cerca de três meses, mas, que
até ao momento ainda não começou.
A nova data proposta , 23 de Abril de 2023, para as
legislativas antecipadas deverá ser submetida ao Presidente da República,
Sissoco Embaló.
ANG/LPG/ÂC//SG
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