quarta-feira, 26 de outubro de 2022


Sociedade
/Porta-voz da Frente Social considera de “vazio” o encontro de terça-feira com Governo

Bissau, 26 Out 22 (ANG) – O porta-voz da Frente Social que engloba sindicatos da educação e saúde considerou de “vazio” o encontro tido na terça-feira com os ministros das duas áreas socais -  Saúde e Educação, uma vez que “o Executivo não levou nenhuma proposta para estancar a paralisação”.

Yoio João Correia proferiu estas afirmações numa conferência de imprensa sobre esse encontro, e diz  que desde o inicio até o término da primeira vaga da greve não houve nenhuma negociação entre o Governo e os sindicatos agrupados na Frente Social.

“E no encontro de ontem, mais uma vez, o Governo não levou propostas concretas ou seja os pontos que serão possíveis de cumprir de imediato,  a médio ou longo prazo. Infelizmente isso não aconteceu.Foram para a reunião de uma forma vazia, pedindo beneficio de dúvida, o que fizemos durante quase um ano depois das paralisações do ano passado”, disse.

Correia salientou que além de mais, antes de iniciarem a greve deste ano passaram quase dois meses a advertir através de entrega de caderno reivindicativo, conferências de imprensa até chegar o ponto de paralisações.

Para Yoio Correia, esses dois meses passados representam um benefício de dúvidas dado ao Governo.

O sindicalista disse que é preciso acções concretas e mais seriedade, frisando que em nenhum momento se ouve dizer que os ministros não receberam os seus salários, subsídios ou não lhes foram pagos os seus perdiens de viagens.

“E se tivessem dado o benéfico de dúvida ao Estado não recebendo essas remunerações, podia servir para fazer algo nos sectores sociais”, disse.

O porta voz da Frente Social disse congratular-se com a demissão, pelo Chefe de Estado, dos seus conselheiros e assessores, mas diz que  ainda há muito por fazer no sentido de resolver os problemas que efectam os guineenses principalmente nas áreas sociais.

No que concerne as recentes declarações do ministro da Saúde de que a greve de quatro dias não teve tanto impacto na área uma vez que os serviços mínimos foram assegurados nos diferentes hospitais e postos sanitários do país, Yoio João Correia considerou estas afirmações de “muita pena”, sobretudo quando saí da boca de um técnico de saúde.

Para Correia o Sistema de Saúde da Guiné-Bissau tem problemas mesmo em situação normal e quanto mais em dias de greve, em que piora.

 “A greve na saúde e educação, mesmo um dia ou uma hora perdida conta muito, os exemplos são os óbitos que aumentaram e a falta de atendimento que custou até vidas humanas”, salientou. ANG/MSC/ÂC//SG

 

 

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