Sociedade/Organizações da
Sociedade Civil repudiam o “silêncio do Governo” face as paralisações dos
sectores de educação e saúde
Bissau, 24 Out 22 (ANG) - O Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil repudiou o que considera de “inquietante silêncio” do Governo face as paralisações dos sectores de educação e saúde com graves consequências para os cidadãos.
A informação consta no comunicado à imprensa do Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil, à que a ANG teve acesso hoje.
Segundo o comunicado, a Coordenação do Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil, no quadro da sua missão de apoio à consolidação da paz e do Estado de direito na Guiné-Bissau, promoveu uma reunião com as suas organizações membros no dia 19 de Outubro de 2022, na qual se analisou a atual situação política, social e económica do país.
O comunicado refere
que o espaço de concertação lamentou aquilo
que considera de “insensibilidade social”
do Governo face a degradação da
qualidade de vida dos cidadãos, em consequência do aumento da pobreza extrema no país, decorrente de
elevado custo de vida.
No mesmo comunicado
exorta o Presidente da República a demitir
o ministro do Interior e o Procurador-geral da República, para permitindo
que as autoridades judiciárias possam investigar com maior transparência, o
suposto envolvimento dos mesmos no “tão propalado caso de tráfico de drogas”.
Ainda alerta o
Presidente da República sobre as graves repercussões da sua inação perante esse
“triste e vergonhoso caso”, na imagem e reputação da Guiné-Bissau no concerto
das nações;
Exorta o Presidente da República no sentido de
desencadear, sem demoras, as necessárias consultas políticas nacionais com
vista a marcação de uma nova data das eleições legislativas, assim como o
desbloqueamento do impasse em torno da Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Este fórum de
organizações da Sociedade civil exige a revogação imediata do Despacho do
Procurador Geral da República que ordenou a suspensão do Presidente da
Associação Sindical dos Magistrados do Ministério Público, “por traduzir uma
afronta ao principio da liberdade sindical constitucionalmente assegurado”.
˝Exortar o Ministro
da Comunicação Social no sentido de conformar as suas atuações com os ditâmes
da lei, revogando as medidas administrativas ilegais e arbitrárias, as quais se
configuram numa tentativa de silenciar, em definitivo, a Rádio Capital FM.˝
lê-se no comunicado
O Espaço de
Concertação das Organizações da Sociedade Civil ainda reafirma a sua “firme e
inabalável” determinação de lutar contra todas as manobras que visam aniquilar
os alicerces da democracia e do Estado de direito na Guiné-Bissau. ANG/MI/ÂC//SG
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