Política/"A
União para a Mudança vai continuar a lutar pela implantação de uma nova ética
política baseada na competência e transparência da vida pública" diz Presidente
Agnelo Regala
Bisau, 31 Out 22 (ANG) - A União para a Mudança (UM)
vai continuar a lutar pela implantação de uma
nova ética política baseada no primado da legalidade e da competência, na
transparência da vida pública, na dignificação da função pública, na
responsabilidade activa e passiva dos agentes públicos, na gestão rigorosa e
criteriosa dos recursos nacionais e no respeito pela dignidade do cidadão.
A promessa foi feita pelo lider desta formação
política, Agnelo Augusto Regala por ocasião da abertura do Vº Congresso da
União para a Mudança, realizado no passado fim de semana.
A moralização da vida pública, diz Regala, será uma
pedra mestra da ação da UM porque “fazer
política é estar ao serviço dos interesses da comunidade e do país, na promoção
dos Direitos Fundamentais inalienáveis e imprescindíveis do Homem”.
"Para o nosso partido, o respeito da legalidade
democrática, plasmada na Constituição da República é um objectivo pelo qual
devemos continuar a lutar intransigentemente, para que possamos construir um
Estado verdadeiramente democrático, onde se afirme o império da lei, pondo
assim um fim definitivo às tendências e derivas ditatoriais, que comprometem o bom nome da Guiné-Bissau”, disse
Para o lider da UM , o desrespeito a legalidade
democrática constituem uma forma de amordaçar e silenciar as vozes críticas e
patrióticas guineenses e a favorecer o recrudescimento de práticas nefastas
para a governação e para a sociedade, como sejam os males da corrupção e do
narcotráfico.
Segundo Agnelo Regala para
comprovar tudo isso, basta ter em conta o recente escândalo da droga apreendida
em que surgem acusações sobre o alegado envolvimento em práticas de
narcotráfico de altas figuras do Estado guineense, o que volta a colar a a Guiné-Bissau ao “triste e desonroso epíteto de narco-Estado”.
A União para a Mudança exige que toda a luz seja feita
sobre mais este caso e que os responsáveis alegadamente envolvidos sejam
levados à justiça e devidamente responsabilizados.
Ainda na mesma alocução, o presidente cessante referiu
que a persistente tentativa a que têm vindo a assistir, de desestruturação do
aparelho do Estado, não visa outra coisa, senão abrir o caminho e continuar a
encobrir impunemente o narcotráfico, o crime organizado, o nepotismo e o clientelismo,
que caracterizam a atual governação do país.
Por essa razão,
a União para a Mudança considera que a Justiça tem que se assumir como o pilar
de um Estado de Direito Democrático e afirmar a sua independência em relação ao
poder político.
Regala sustenta que a tutela do poder judicial pelo poder
político, como tem acontecido no nosso País desde a independência, levou à
instrumentalização do poder judicial mesmo para a defesa de interesses nem
sempre legítimos e muito menos legais, e como consequência dessa actuação, regista-se
uma perda acentuada do prestígio das
instituições judiciais bem como o enfraquecimento da consciência da legalidade
por parte de cidadãos, que “deixaram de acreditar na justiça”. ANG/MI/SG
Sem comentários:
Enviar um comentário