quinta-feira, 27 de outubro de 2022

  França/Emmanuel Macron anuncia aumento da idade da reforma até 2031

Bissau, 27 Out 22 (ANG) - O Presidente francês, Emmanuel Macron, falou na quarta-feira à noite à televisão pública francesa e fez vários anúncios como o aumento faseado da idade da reforma para 65 anos e o plafonamento dos preços da energia para as empresas francesas.

Reformas, política interna, preços da energia, custo de vida, salários ou fait-divers da sociedades francesa, na quarta-feira à noite, o Presidente francês Emmanuel Macron, falou sobre todos estes temas numa entrevista ao canal público France 2, com a idade da reforma a causar mais polémica entre os franceses.

Com a reforma do sistema das pensões que deverá começar a ser discutida a partir de Janeiro de 2023, Emmanuel Macron, anunciou que a idade da reforma deve aumentar progressivamente até aos 65 anos até 2031. Os franceses, segundo o chefe de Estado, não terão outra alternativa a não ser trabalhar mais tempo já a partir de 2023, sendo que a idade da reforma actualmente se situa nos 62 anos.

Outro tema que interessava aos franceses é o preço da energia e o Presidente anunciou que o governo vai continuar a apoiar o plafonamento dos preços, já que segundo Emmanuel Macron, sem a ajuda do Estado, os preços aumentariam e só devem aumentar 15%, uma ajuda que o executivo vai estender também à empresas. Quanto à inflação, nos níveis mais altos desde 1987, o Presidente disse que não haverá indexação dos salários ao valor da inflação como têm vindo a pedir os sindicatos.

Já para lutar contra a falta de médicos em muitas regiões do país, o Presidente disse que os médicos reformados vão poder voltar ao activo, se assim quiserem, não pagando impostos sobre os honorários recebidos após a reforma. Uma medida que o Executivo espera que venha a resolver o facto de muitas pessoas em França terem de fazer dezenas de quilómetros antes de encontrarem um médico.

Quanto à política interna, o Presidente lamentou o "cinismo" da esquerda, já que a moção de censura da coligação de esquerda Nova União Ecológica e Social Popular (NUPES)  foi votada favoravelmente pela extrema-direita de Marine Le Pen, com Macron a dizer ter a certeza que quem votou à esquerda não esperava ver uma associação com a extrema-direita.

Sobre a recente polémica de uma menina de 12 anos morta brutalmente por uma mulher argelina com ordem de expulsão do território francês, Emmanuel Macron defendeu que não há "um laço existencial" entre a imigração e a insegurança em França e que o governo vai lutar contra o abuso de drogas e contra a violência crescente nas cidades. ANG/RFI

 

Sem comentários:

Enviar um comentário