França/Emmanuel Macron anuncia
aumento da idade da reforma até 2031
Bissau, 27 Out
22 (ANG) - O Presidente francês, Emmanuel Macron, falou na quarta-feira à noite
à televisão pública francesa e fez vários anúncios como o aumento faseado da
idade da reforma para 65 anos e o plafonamento dos preços da energia para as
empresas francesas.
Reformas, política interna, preços da
energia, custo de vida, salários ou fait-divers da sociedades francesa, na
quarta-feira à noite, o Presidente francês Emmanuel Macron, falou sobre todos
estes temas numa entrevista ao canal público France 2, com a idade da reforma a
causar mais polémica entre os franceses.
Com a reforma do sistema das pensões que
deverá começar a ser discutida a partir de Janeiro de 2023, Emmanuel Macron,
anunciou que a idade da reforma deve aumentar progressivamente até aos 65 anos
até 2031. Os franceses, segundo o chefe de Estado, não terão outra alternativa
a não ser trabalhar mais tempo já a partir de 2023, sendo que a idade da
reforma actualmente se situa nos 62 anos.
Outro tema que interessava aos franceses é
o preço da energia e o Presidente anunciou que o governo vai continuar a apoiar
o plafonamento dos preços, já que segundo Emmanuel Macron, sem a ajuda do
Estado, os preços aumentariam e só devem aumentar 15%, uma ajuda que o
executivo vai estender também à empresas. Quanto à inflação, nos níveis
mais altos desde 1987, o Presidente disse que não haverá indexação dos salários
ao valor da inflação como têm vindo a pedir os sindicatos.
Já para lutar contra a falta de médicos em
muitas regiões do país, o Presidente disse que os médicos reformados vão poder
voltar ao activo, se assim quiserem, não pagando impostos sobre os honorários
recebidos após a reforma. Uma medida que o Executivo espera que venha a
resolver o facto de muitas pessoas em França terem de fazer dezenas de
quilómetros antes de encontrarem um médico.
Quanto à política interna, o Presidente lamentou
o "cinismo" da esquerda, já que a moção de censura da coligação
de esquerda Nova União Ecológica e Social Popular (NUPES) foi votada
favoravelmente pela extrema-direita de Marine Le Pen, com Macron a dizer ter a
certeza que quem votou à esquerda não esperava ver uma associação com a
extrema-direita.
Sobre a recente polémica de uma menina de
12 anos morta brutalmente por uma mulher argelina com ordem de expulsão do
território francês, Emmanuel Macron defendeu que não há "um laço
existencial" entre a imigração e a insegurança em França e que o governo
vai lutar contra o abuso de drogas e contra a violência crescente nas cidades.
ANG/RFI
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