Somália/ Novo atentado com carros-bomba deixa mais de 100 mortos
Bissau, 31 Out 22
(ANG) - Pelo menos 100 pessoas morreram na sequência da
explosão de dois carros-bomba no meio de uma avenida em Mogadíscio, capital da
Somália.
O presidente
Hasan Sheikh Mohamud prometeu continuar a lutar para derrotar o grupo
terrorista al-Shabab de "uma vez por todas".
O balanço preliminar aponta que mais de
100 pessoas morreram e 300 pessoas resultaram feridas na sequência da explosão
de dois carros-bomba em Mogadíscio, capital da Somália, na tarde de sábado. De
acordo com as autoridades locais, o balanço pode vir a se agravar nas próximas
horas.
O número de mortos e feridos é tão elevado
que os hospitais da cidade estão saturados. Sem equipamento
suficiente para cuidar de todos os pacientes, os médicos temem que muitos
feridos acabem por falecer nos corredores dos centros hospitalares.
De visita ao local, o presidente Hasan
Sheikh Mohamud deplorou o atentado e prometeu continuar a "guerra
total" para eliminar o Shabab, declarada no mês de Agosto, exortando a
população a sair das áreas controladas pelos insurgentes, uma vez que estas
zonas serão alvo de futuras ofensivas do governo.
"O cruel e cobarde ataque
terrorista de hoje contra pessoas inocentes pelo grupo moralmente falido e
criminoso al-Shabaab não nos pode desencorajar, mas irá reforçar ainda mais a
nossa determinação em derrotá-los de uma vez por todas", escreveu
Mohamud no Twitter.
O ataque ocorreu no mesmo cruzamento do
atentado cometido em Outubro de 2017, quando os militantes do al-Shabab
cometeram o ataque mais mortífero de sempre em África, matando mais de 500
civis com um caminão carregado de explosivos.
O grupo terrorista al-Shabab divulgou uma
nota na qual reivindica o atentado, alegando que os seus combatentes tinham
como alvo o Ministério da Educação. Este esforço para derrubar o governo
reconhecido pelas Nações Unidas dura há mais de 15 anos.
Os insurgentes foram expulsos da capital
em 2011 por uma força capitaneada pela União Africana, mas o grupo ainda
controla zonas rurais e continua a efectuar ataques mortíferos a alvos civis e
militares. Em Agosto, o grupo lançou um ataque de 30 horas com armas e bombas
ao popular hotel Hayat em Mogadíscio, matando 21 pessoas e ferindo 117.
Este acontecimento sangrento foi condenado
de maneira contundente pelas Nações Unidas, a Turquia e União Africana, que
prometeram continuar a apoiar os esforços do povo somali para alcançar a paz.
ANG/RFI
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