INACEP/ Diretor-geral
reitera que instituição tem condições técnicas para produzir documentos oficiais
de Estado
Bissau,
14 Out 22 (ANG) – O Diretor-geral da Imprensa Nacional (INACEP) disse que a
instituição que dirige tem condições técnicas suficientes para produzir
documentos oficiais de Estado, nomeadamente, Bilhete de Identidade, Passaporte,
Certidão de Nascimento e de Casamento, Carta de Condução, Autorização de Residência
entre outros, com melhor qualidade e maior segurança.
Paulino
Mendes fez esta afirmação, esta sexta-feira, à repórter da Agência de Notícias
da Guiné (ANG), e lamentou o fato de algumas instituições do
país continuarem a usurpar as competências da Inacep, ao continuarem a a produzir os referidos documentos, num claro
desrespeito ao Decreto e Estatuto da INACEP
aprovado pelo Governo e publicado no suplemento 12, que atribuiu à empresa a
competência de produzir documentos oficiais de Estado.
Mendes
disse que a INACEP é uma gráfica do Estado que cuida dos seus documentos
oficiais de alta segurança, salientando que na Lei, nos tempos passados e na história de todas as Repúblicas, a Gráfica
Pública se encarrega da produção de
valores ao Estado, desde selos até dinheiro.
Informou
que, nenhum desses documentos está sendo produzido na Imprensa Nacional, exceto o passaporte que se produz desde 2013.
Aquele
responsável sublinhou que a questão da emissão de documentos não está em causa,
e segundo diz, a sua empresa é simplesmente impressora ou produtora e a
entidade titular de documentos vai continuar a ser ela mesma.
“Não
é por acaso que até hoje o Ministério do Interior, através da Direção Geral de
Migração e Fronteiras continuou a ser a entidade emissora de passaportes porque
aquele serviço é que tem a capacidade de avaliar, autorizar e fazer
digitalização deste documento”, explicou.
Paulino
Mendes disse que a INACEP imprime os passaportes e devolve ao Serviço de
Migração e Fronteiras , frisando que uma gráfica tem competências de produzir documentos oficiais
de Estado e outros, mediante solicitação de entidades que utilizam esses
documentos.
Segundo
Paulino Mendes, os documentos de Estado são de regime não concorrencial, e são
reservados à exclusiva competência de Imprensa Nacional, mas os responsáveis de departamentos
governamentais que emitem alguns desses documentos não solicitam a produção desses documentos na
Inacep, por razões que mendes diz desconhecer.
Contou
que quando chegou a empresa se deparou
com algumas dificuldades técnicas, inclusive de uma máquina gigantesca de fazer
livros, mas que, de acordo com ele, já foram suprimidas há um ano.
Questionado
sobre o quê que a sua instituição está a fazer para sensibilizar os titulares
de documentos que não se produzem na Imprensa Nacional, respondeu que não é
preciso muita sensibilização sobre o assunto porque o seu cumprimento não tem
como destinatário a população em geral, mas sim, as mesmas pessoas que a
aprovaram em Conselho de Ministros.
“Estamos
a dizer que os departamentos estatais é que devem trazer trabalhos para cá, a começar pela Presidência da República, onde
a Lei foi promulgada, a Primatura onde está o Primeiro-ministro que certamente
presidiu a reunião do Governo e os restantes Ministérios que estiveram e aprovaram”, disse, informando que foi nesta
mesma legislatura que o Decreto, que atribui à Inacep a competência exclusida
de produção de documentos oficiais, fora aprovado. ANG/DMG/ÂC//SG
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