Deputados da maioria aprovam Programa
de Governo
Bissau, 16 Out 19 (ANG) – Os deputados
dos partidos da coligação maioritária aprovaram terça-feira o Programa do
Governo de Aristides Gomes na Assembleia Nacional Popular (ANP), com 52 votos,
na ausência de deputados das bancadas do Movimento para Alternância Democrática
(Madem G15) e do Partido da Renovação Social (PRS), que abandonaram a plenária.
Falando aos deputados momentos
após aprovação do documento que legaliza o seu Governo, o Primeiro-ministro
agradeceu a confiança dos parlamentares, frisando que essa aprovação representa
uma grande responsabilidade nesta fase em que o país está a lutar para encontrar
estabilidade que é fundamental para o seu desenvolvimento.
Aristides Gomes disse que a
Guiné-Bissau está no momento de viragem de página, e que o Executivo vai tudo
fazer para que isso seja uma realidade com a realização das eleições presidenciais
a 24 de Novembro.
Acrescenta que permitirá a execução
do programa de desenvolvimento na base de uma visão muito clara que tem a ver
com o Plano Estratégico denominado “Terra Ranca”.
“A Guiné-Bissau perdeu muito
tempo em relação aos seus companheiros, depois de ter começado um processo
brilhante da sua história que foi a sua luta pela independência. Foi um exemplo
impar, onde diferentes sensibilidades uniram e marcaram a suas determinações de
viverem juntos em defesa de uma causa”, disse.
O chefe do executivo guineense frisou que têm
a responsabilidade de manter a unidade nacional e isso só se faz com projectos
claros de desenvolvimento.
Para Gomes os guineenses só
vão unir de facto quando todos se sentirem orgulhosos dos seus sistemas de saúde,
educação, da segurança social, ou seja quando as estruturas de produção estão a
funcionar.
Em relação ao combate a
criminalidade no país, o Primeiro-ministro salientou que a determinação do
Governo nesse sentido será impar ou seja não vão voltar atrás.
“Cada um pode fazer um julgamento
antecipado, mas uma coisa é certa: este Governo vai manter para mostrar ao
mundo que, de facto, a Guiné-Bissau não pode ser um terreno privilegiado para o
tráfico internacional de drogas”, vincou Aristides Gomes.
Por seu turno, o líder do
Hemiciclo guineense disse que a partir do momento em que os deputados aprovaram
o Programa do Governo da X Legislatura, o executivo passou a ser legal e promete
informar ao Presidente da República de que o documento foi votado com uma
maioria de 52 deputados.
Cipriano Cassamá lembrou aos
deputados que as suas responsabilidades são enormes perante os guineenses, não
só em termos de fazer leis, mas também de fiscalizar e interpelar o Governo na
sua plenitude.
Disse que houve vários
problemas durante a nona legislatura, afirmando que a partir deste momento é
preciso dar um passo em frente virando a página, viabilizando o país.
O Programa do Governo foi
votado com ausência dos deputados do Movimento para Alternância Democrática
(Madem-G-15) e do Partido da Renovação Social (PRS), bem como dois dos cinco
deputados do partido Aliança Popular Unida (APU-PDGB),por não chegarem a um
consenso com a bancada da maioria parlamentar que no que concerne a alteração
dos pontos da Ordem do Dia da plenária.
Os deputados da oposição
pretendiam a alteração da Ordem do Dia, ou seja para que o primeiro ponto que
tem a ver com a discussão do Programa do Governo seja revertido para o segundo
em detrimento da discussão da situação da apreensão da droga que constava no
segundo ponto.
Dois deputados do APU-PDGB,
incluindo o seu líder parlamentar, Marciano Indi votaram o programa do Governo
justificando que o país precisa de uma estabilidade Governativa e os seus votos
é para fazer com que, pela primeira vez na Guiné-Bissau, um Governo possa
exercer as suas funções por quatro anos, ao contrário do seu líder, Nuno Gomes
Na Bian que abandonou a sala com o outro deputado do partido.
ANG/MSC/ÂC//SG
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