União para Mudança declara apoio à
Domingos Simões Pereira
Bissau, 25 out 19 (ANG)
– A União para Mudança (UM) declarou hoje o seu apoio político ao candidato do
Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) Domingos
Simões Pereira, alegando ser o único capaz de garantir a estabilidade
governativo e o respeito à Constituição da República e demais leis em vigor no
país.
A declaração foi feita em conferência de imprensa pelo líder do
partido, Agnelo Augusto Regala, na qual justificou o apoio com a convicção de
que a vitória de qualquer candidato irá derrubar o actual governo por não
partilhar da mesma visão política.
Disse que o apoio à
candidatura de Domingos Simões pereira é uma das decisões saídas na reunião de análise
da situação política vigente no país, da Comissão Permanente da União para
Mudança, realizada no dia 24 de Outubro.
Regala disse esperar do
candidato que apoia uma sintonia com o governo no combate, sem tréguas, ao
narcotráfico, crime organizado e aos fundamentalismos de qualquer ordem.
Agnelo Augusto Regala
espera ainda que o candidato que apoia promova uma acção no sentido de “refundação
do Estado guineense”, de forma a torná-lo mais moderno, funcional, democrático
e despartidarizado.
No seu entender, a refundação
do Estado implica, antes de mais, uma ruptura com o passado, a mobilização efectiva de todos os sectores da
sociedade, para uma parceria estratégica que contribua para uma maior justiça social,
e que permita corrigir as disparidades que continuam a verificar no tecido
económico e social, por forma a evitar eventuais clivagens que põem em causa a unidade
e o bem-estar dos guineenses.
Esta refundação,
conforme o líder da União para Mudança deve se assentar numa estratégia que visa a normalização da vida pública e na definição da dinâmica dos moldes em que se processará a
interdependência e interacção de todos os órgãos de soberania e adequação das leis
com a nova realidade que o país vive.
Neste quadro, a UM ainda
espera do candidato que apoia, uma nova
forma de abordagem da problemática do Estado, envolvendo todas as forças da
Nação, inclusive os partidos políticos, a sociedade civil, para um diálogo profícuo na defesa dos
supremos interesses da povo, permitindo o estabelecimento de uma plataforma
nacional de entendimento para um novo contrato social e político que favoreça o
desenvolvimento do país.
Após as eleições
presidências, a UM quer um Estado desconcentrado e descentralizado e que esteja
mais próximo e ao serviço dos cidadãos, sobretudo os mais carenciados, que
possa garantir a igualdade de oportunidade de acesso aos recurso básicos, bem
como a igualdade na distribuição das riquezas nacionais, numa perspectiva de
desenvolvimento global durável e integrado, e no respeito dos equilíbrios
sociais e culturais.
“Um estado que coloque
com particular atenção a situação da juventude, garantindo-lhe o acesso à
educação e ao ensino de qualidade. Um Estado que coloque o homem e a mulher
guineense como o seu centro de gravidade, orientado para a resolução dos
problemas da sociedade guineense no seu todo”, perspectivou Agnelo Augusto
Regala.
Segundo Regala, são
estas as razões pelas quais a União para Mudança defendeu a continuidade e o
reforço da Aliança de Incidência Parlamentar e Governativa, que engloba
partidos com e sem assento no hemiciclo e a afirmação do principio de que “os
interesses nacionais se devem sobrepor aos interesses político-partidárias ou
particulares”.
A UM é representado no
parlamento por um deputado e integra a coligação que assegura a estabilidade
governativa e parlamentar com o PAIGC
vencedor das legislativas de março passado, sem maioria absoluta.
ANG/LPG//SG
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