Governo diz que as declarações do Presidente prejudicam os
esforços de estabilização política no
país
Bissau, 24 out 19 (ANG)
– O Governo disse em comunicado que as recentes declarações do Presidente da República
prejudicam os esforços de consolidação da estabilidade política e da paz.
Imagem Conselho de Ministros |
No mesmo comunicado o
executivo acusa o Presidente da República cessante de reforçar apenas a
estratégia da oposição que visa adiar a realização das eleições presidenciais.
José Mário Vaz reagiu a
denúncia de tentativa de golpe de Estado feita pelo Primeiro-ministro,
Aristides Gomes, responsabilizando o governo por “qualquer perturbação da Ordem”,
com sustentações de que o governo esteja a promover correcções de cadernos
eleitorais contra a vontade de vários partidos políticos.
Segundo o comunicado de
Conselho de Ministros, à que ANG teve acesso hoje, a atitude de José Mário Vaz
é uma afronta ao acordo de Abuja que justamente permitiu a sua continuidade na
presidência.
No documento, o
colectivo governamental disse não compreender que o Presidente e alguns actores
políticos estejam empenhados em prejudicar a consolidação da estabilidade política,
o direito fundamental ao voto e a aspiração do povo relativamente à
estabilidade, paz e a prosperidade.
Considerou as
declarações do Presidente República de um ataque ao executivo, através de um
comunicado, numa clara intenção de tirar “proveito político” de uma flagrante e
frustrada tentativa de sublevação da ordem constitucional da autoria do
candidato presidencial do MADEM-15.
Qualificou estas
práticas de uma clara sabotagem que venham decorrendo ao longo dos cinco anos
do seu mandato, e que tornaram-se
frequentes e evidentes após a recente apreensão de droga e na sequência das
denúncias feitas pelo Primeiro-ministro, aquando da apresentação de evidências
do envolvimento de sectores da classe política guineense no tráfico de droga.
Por isso, o governo e
as autoridades de defesa e segurança estão comprometidas em tomar as devidas
medidas contra todo aquele que, por qualquer via tente pôr em causa a
estabilidade, visando impedir as eleições presidenciais de 24 de Novembro.
Perante este cenário, o
governo renova a sua determinação na condução da política geral do país de
acordo com o seu programa recentemente aprovado na Assembleia Nacional Popular
(ANP).
O comunicado refere que
o Governo aproveita a ocasião para reafirmar o seu total respeito pela decisão
da Comissão Nacional de Eleições (CNE), por resultar do consenso obtido entre os representantes dos
candidatos.
Reafirma a sua
determinação e convicção de que as eleições presidenciais irão realizar-se na
data prevista, e que o Povo irá as urnas no dia 24 para decidir do seu próprio
destino.
Apela à população a manter-se
serena e calma mas vigilante, de modo a denunciar e impedir qualquer tentativa de alteração da
ordem constitucional. ANG/LPG/ÂC//SG
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