Guterres pede que eleições presidenciais não sejam
adiadas
Bissau, 31 out 19 (ANG)- O secretário-geral da ONU disse quarta-feira que
as decisões pré-acordadas para a estabilidade na Guiné-Bissau devem prevalecer
e demonstrou pesar por morte de um homem durante protestos reportou a ONU News
na sua edição de quarta-feira.
António Gueterres se referia a iniciativa do Presidente cessante e
candidato as presidenciais de novembro próximo ,José Mário Vaz de emitir
decretos demitindo o governo e nomeando um novo primeiro-ministro.
António Guterres, diz
estar a acompanhar com “séria
preocupação” os desenvolvimentos políticos na Guiné-Bissau.
Em nota, o chefe da ONU refere que José Mário Vaz, emitiu dois decretos em 28 e
29 de outubro demitindo o governo do primeiro-ministro Aristides Gomes e
nomeando um novo chefe do governo, Faustino Imbali.
António Guterres apela a todos “para que
respeitem as decisões tomadas pela Comunidade de Estados da África Ocidental,
Cedeao, sobre a governação” do país.
Segundo uma decisão da Cedeao, aprovada
em junho, em Abuja, na Nigéria, o presidente José Mário Vaz continua no poder
depois do fim do seu mandato até a realização das eleições, mas com poderes
reduzidos.
De acordo com a mesma decisão, a gestão
das questões governamentais são competências do novo governo, que tomou posse
no início de julho, depois de eleições legislativas, realizadas em março.
António Guterres afirma que essa decisão
estabelece como o país deve ser governado até a eleição de 24 de novembro. As
mesmas ideias foram reiteradas no comunicado da Cedeao emitido na terça-feira,
29 de outubro.
Ainda segundo a nota, o secretário-geral
“aguarda com expectativa a realização de uma eleição presidencial pacífica,
credível e transparente” e pede “a todas as partes que exerçam o seu dever
cívico.”
António Guterres também destaca a morte
de um homem durante protestos que aconteceram no sábado, 26 de outubro, na
capital do país, Bissau.
O secretário-geral “ficou triste” ao
saber do falecimento e “aguarda com expectativa a conclusão do inquérito
independente anunciado pelo Ministério do Interior sobre as circunstâncias e as
consequências da manifestação.”
ANG/ONU News
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