UE aceita adiar Brexit até 31 de Janeiro 2020
Bissau, 30 out 19 (ANG) - Os 27 países membros da União
Europeia, aceitaram esta segunda-feira adiar pela terceira vez o Brexit para 31
de janeiro 2020, mas tal pode suceder antes, se o parlamento britânico aprovar
o acordo de saída de Boris Johnson.
Foi há
quase 100 anos atrás a última vez que o Reino Unido foi a eleições no mês de
dezembro e é provável que tal volte a acontecer novamente este ano.
O novo adiamento do Brexit para 31 de janeiro de 2020 foi anunciado esta
segunda-feira (28/10) hoje pelo presidente do conselho Europeu, Donald
Tusk, que afirmou que a extensão a
31 de Janeiro é "flexível", o que permite a realização de eleições antecipadas, que
podem ser decisivas para o processo que se prolonga há quase três anos.
O governo de Boris Johnson quer ter uma maioria no parlamento, que lhe
permita ratificar o dito
acordo, mesmo antes de 31 de janeiro de 2020 como previsto pelo artigo 50° do Tratado de Lisboa, segundo
o qual o Reino Unido pode sair da União Europeia no primeiro dia do mês
posterior à aprovação do acordo pelo parlamento britânico.
A oposição
espera derrubar o partido Conservador e chegar ao poder, tendo como
opções renegociar o Brexit, realizar um referendo ou revogar a saída da União
Europeia.
O debate está agora na data do escrutínio: o governo quer eleições a 12 de dezembro, liberais-democratas e nacionalistas
escoceses a 9 do mesmo mês, uma diferença de três dias, que pode
ser importante, para garantir o voto dos estudantes antes de começarem as
férias do Natal.
As sondagens
são actualmente favoráveis a Boris Johnson, mas nas últimas eleições
legislativas britânicas realizadas em dezembro, em 1923, o partido Conservador
não conseguiu uma maioria absoluta, resultando num governo minoritário.
Algo que Boris Johnson vai querer evitar a todo o
custo porque o país voltaria ao impasse político em que está agora.
Inicialmente previsto para 29 de março, o Brexit foi
adiado para 12 de abril e posteriormente para esta quinta-feira 31 de outubro,
mas a meados deste mês o Reino Unido solicitou um terceiro adiamento, aceite
esta segunda-feira (28/10) pelos 27 países membros da União Europeia.
Boris Johnson chegou a afirmar que preferia "estar morto numa
vala" do que pedir uma nova extensão.
ANG/RFI
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