sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Tentativa de golpe de Estado


  “Inquéritos estão em curso para responsabilização dos suspeitos”, diz PM

Bissau,25 Out 19(ANG) – O Primeiro-ministro afirmou que as autoridades competentes já estão a fazer inquéritos no sentido de apurar a veracidade ou não do video áudio das declarações do principal suspeito da alegada tentativa do golpe de Estado.

“É preciso que essas pessoas nos digam o que querem dizer com isso. O que parece o autor principal disse que a voz não é dele e hoje em dia há técnicas para autentificar os documentos, quer áudio ou vídeo para saber se de facto   correspondem a realidade ou não”, disse Aristides Gomes em declarações à imprensa na quinta-feira.

O Primeiro-ministro sublinhou que não declararam guerra à ninguém, mas que estão simplesmente a cumprir o dever da gente que gere o Estado, frisando que, quando é assim em toda a parte do mundo há um inquérito que se faz  para apurar os resultados.

Aristides Gomes salientou que o Governo está a preparar as eleições presidenciais de 24 de Novembro, frisando que, para eles, tudo estão a postos para que, na devida altura, e dentro de alguns dias arranque a campanha eleitoral.

Disse que o ficheiro eleitoral já existe, referindo que é o mesmo que tinha sido utilizado nas eleições legislativas de Março passado, para que a Comissão Nacional de Eleições realize eleições de 24 de Novembro.

“Foi aquele ficheiro que foi objecto de uma auditoria e esses auditores voltam  ao país novamente para verem a autenticidade desses ficheiros. Garanto que ninguém mexeu no ficheiro e inclusive a sua cópia foi entregue na devida altura à CEDEAO”, disse.

Aristides Gomes acrescentou  que a última decisão da Comissão Nacional de Eleições determina que esse ficheiro é que vai ser utilizado nas presidenciais e que a parte resultante das chamadas correcções não fará parte do processo.

“Penso que a reivindicação principal dos candidatos às presidenciais à uma determinada altura caiu pelo facto da CNE decidir excluir os dados resultantes  das correcções dos cadernos eleitorais”, explicou.

 O Primeiro-ministro afirmou que isso não era uma decisão que cabia ao Governo, informando que o executivo tinha apenas a obrigação de fazer as correcções, criando condições para aqueles que tinham sido vítimas de erros nos seus dossier de registos, possam ter condições para votar, à condição  que a CNE aceitasse a referida situação.

“E agora, se os referidos dados das correcções dos cadernos eleitorais forem recusados, isso é da competência jurídica da CNE e não do Governo”, disse Aristides Gomes.

Quatro candidatos presidenciais protestam a realização de correcções dos cadernos eleitorais pelo Governo alegando ser a iniciativa uma forma de fazer faude eleitoral. Em causa estão 25 mil eleitores, recenseados nas legislativas de março mas que não votaram por falhas técnicas.ANG/ÂC//SG 

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