Paulo
Gomes declara apoio ao Domingos Simões Pereira
Bissau, 21 Out 19 (ANG) – O
ex. candidato independente às presidenciais de 2014 e terceiro mais votado,
Paulo Gomes anunciou no último fim-de-semana que vai o apoiar o candidato do PAIGC,
Domingos Simões Pereira (DSP) nas presidenciais de Novembro próximo.
Em conferência de imprensa, Gomes
disse que decidiu apoiar o candidato do PAIGC por coerência, carácter
institucional importante para consolidar a unidade nacional, além de ser
presidente de um partido que lhe ajudou a crescer, quer em termos políticos quer
familiar.
Acrescentou que o candidato Domingos Simões
Pereira, também engajou na materialização do Plano Estratégico “Terra Ranka”
onde ele participou e que tem como fonte de inspiração Guiné-Bissau 2020, o
chamado “Djitu Tem, acrescentando que, caso ele foi eleito vão ter a
oportunidade de virar a página em termos da previsão feita no referido programa.
Em relação ao funcionamento da
actual Assembleia Nacional Popular(ANP), Paulo Gomes frisou que existe uma
maioria relativa, mas diz que felicita os progressos de outros partidos nomeadamente do
Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15) conseguido durante as
eleições legislativas de Março último, e que reforçam a democracia.
Gomes afirmou que várias vezes
discutiu com o líder do PAIGC sobre o processo de reconciliação nacional caso
for eleito Presidente da República, porque o povo está dividido.
Disse estar decepcionado com
Presidente cessante José Mário Vaz que tinha vantagem de fazer a reconciliação
durante os cinco anos do seu mandato, mas que não conseguiu soltar o país de
ódio, raiva e da divisão interna.
Questionado sobre porque razão não se recandidatou para as
presidenciais de 24 de Novembro, respondeu que depende do contexto, salientando
que em 2014 houve um golpe de Estado onde havia necessidade de devolver o poder
a civil e que era importante uma pessoa como “ele” jogar um papel de candidato
independente.
Paulo Gomes afirmou que apesar
de a Guiné-Bissau ser um país pequeno em
termos de população, é um dos que até ao momento não enfrentou surtos de guerras tribais ou religioso e que não utiliza a religião como elemento de divisão,
não obstante existir alguns grupos de
ameaças de carácter religioso, económico e de ingerência dos manipuladores sem
uma agenda clara.
Disse que esses grupos são
financiados pelos traficantes de drogas e crime organizado.
Pediu à todos os seus apoiantes nas eleições
de 2014, incluindo seu movimento a se manterem
fiéis aos princípios que os caracterizavam e se abdicarem de insultos,
linguagens étnicos, e todas as formas de adquirir dinheiros ilícitos durante a
campanha eleitoral.ANG/JD/ÂC//SG
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