quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Política


Movimento de Apoio à Jomav acusa Aristides Gomes de insinuar golpe de Estado

Bissau,24 Out 19(ANG) – O vice-presidente do Movimento de Apoio Político à José Mário Vaz(Jomav), acusou o primeiro-ministro, Aristides Gomes de insinuar o golpe de Estado para permitir a entrada da nova força militar estrangeira no país.

Mussa Turé
“A invenção de golpe de Estado visa unicamente facilitar a entrada no país de força militar estrangeira para servir uma missão concreta à favor do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC) e do seu Governo”, afirmou Mussa Turé quarta-feira em conferência de imprensa.

Disse que a entrada de qualquer outra nova força militar no país tem que ser por via legal e nunca com base em outras intenções.

“Temos  informações de que o PAIGC e seu primeiro-ministro Aristides Gomes estão a fazer diligências para solicitar entrada da nova força militar estrangeira na Guiné-Bissau e nós não vamos admitir isso, vamos rejeita-lo de uma forma legal”, explicou.

Mussa Turé sublinhou que a intenção da vinda da nova força militar estrangeira no país visa essencialmente satisfazer a vontade do PAIGC de forma a vencer as próximas eleições e fazer vincar o “seu sistema de ditadura e tirania na Guiné-Bissau”.

Em relação ao preparativos do processo eleitoral de 24 de Novembro, o vice presidente do Movimento de Apoio Político á Jomav denunciou o que considera de “manobras para substituir algumas pessoas no Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral(GTAPE) e na Comissão Nacional de Eleições(CNE)”.

“Na minha opinião, essa manobra tem como finalidade inverter os resultados eleitorais em todas as Assembleias de Votos onde o candidato do PAIGC não vier a conseguir bons resultados”, disse.

No que toca a situação do eventual encerramento da Rádio África FM, Mussa Turé sublinhou que os políticos guineenses têm que ajudar  aos jornalistas e os respectivos órgãos de comunicação social porque são eles que informam tudo o que está a passar.

“Qual é o político deste país que pode conseguir uma informação sem contar com a comunicação social. Mas quando o regime não está a lhes favorecer, entendem que devem ter a imprensa como inimigo”, disse.

Disse que a conquista da liberdade de expressão custa grande luta de um Povo, em particular do actual Presidente da República José Mário Vaz.

“Hoje em dia, o Aristides Gomes e o seu Governo não podem pôr em causa essa conquista. Porquê que algumas rádios que insultavam as autoridades na altura não foram encerradas”, questionou.

Disse que querem silenciar a Rádio África FM porque é a única voz crítica do actual poder.ANG/ÂC//SG

Sem comentários:

Enviar um comentário