APU-PDGB condena uso de 600 milhões de francos cfa para correcção das
omissões nos cadernos eleitorais
Bissau, 14 out 19 (ANG) – O partido Assembleia do Povo Unido – Partido
Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) criticou o Governo, do qual faz parte
pela utilização de cerca de 600 milhões de francos CFA para a implementação da
operação de correcção de omissões.
Líder de APU-PDGB |
Segundo o
comunicado da Comissão Permanente de APU-PDGB reunida no final de semana, e que
analisou o relatório da comissão do seguimento da implementação do acordo
político de incidência parlamentar com o PAIGC à que ANG teve acesso hoje, esta formação
política condena a utilização dos cerca de 600 milhões de francos CFA na realização da operação de correcção de omissões nos cadernos eleitorais utilizados nas
legislativas de março passado..
No comunicado aquela formação política acusa o executivo de ter o único objectivo
de obtenção de fundos para financiar actividades políticas do Partido Africano
da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e do seu candidato, Domingos
Simões Pereira.
A
Comissão Permanente instruiu a bancada
parlamentar do partido a tomar uma posição política em conformidade com o
posicionamento do partido, enquanto o governo não parar definitivamente com
esta operação que considera “ilegal” à luz das leis do país.
“Senão
vejamos: inicialmente deveriam ser corrigidos cerca de 200.000 cidadãos
eleitores e de seguida passou-se para 25.000”, refere o comunicato que
acrescenta, “agora o relatório apresentado pelo governo fala de 5.000 eleitores. Significa que cada cidadão
eleitor “corrigido” custou ao Estado cerca de 125.000 francos CFA, para que pudessem
ser registados”.
“Perante
estas evidências, não restam dúvidas de que esta operação afinal só foi
continuada para legitimar a saída de fundos públicos para fins partidários”, lê-se
no comunicado.
No
concernente a questão da droga, o comunicado refere que “diante de um aparente
envolvimento do governo, e perante as fortes suspeitas existentes”, a comissão
permanente mandatou o seu presidente,Nuno Gomes Na Bian para que promova diligências políticas necessárias, para a averiguação
dos suspeitos, e tomadas de decisões políticas, “em defesa intransigente da
imagem e do bom nome do partido”.
Os
membros da Comissão Permanente desta formação política a realização de reuniões
entre a equipa negocial do partido com os “libertadores” para a conclusão das
nomeações de elementos do PAIGC nos Ministérios e instituições sob a dependência de APU-PDGB. ANG/LPG/ÂC//SG
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