Diretora
Regional felicita implementação de medicina tradicional em 40 Estados membros
Bissau, 30 Ago 19 (ANG) – A Diretora
Regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para África afirmou esta sexta-feira
que 40 Estados membros estão a implementar a política de medicina tradicional incluindo
a sua integração nos currículos das ciências da saúde nas regiões africanas.
Directora Regional da OMS |
A afirmação de Matshidiso
Moeti consta numa nota à imprensa enviada à ANG, alusiva a celebração do 17º dia da
Medicina Tradicional Africana que se assinala sábado, 31 de Agosto.
As celebrações terão lugr sob o lema: “
Integração da medicina tradicional africana nas universidades da região africana
e os vinte anos dos enormes progressos alcançados”.
O documento informa ainda que
a maioria da população na região Africana utiliza medicina tradicional para
satisfazer as necessidades em termos de cuidado de saúde, e que esta utilização
vai de 70 por cento no Benim a 90 por cento no Burundi e na Etiópia.
“Em relação aos programas e
comités de especialistas das ciências da saúde, isto representa um aumento extraordinário
comparado com oito países em 2002”, diz o documento.
Os referidos programas e comités
estão ativos em trinta e três ministérios da saúde face a10 países em 2000.
O documento refere que nesse
mesmo ano(2002), 33 institutos de investigação estão a avaliar a qualidade,
segurança e a eficácia dos medicamentos tradicionais utilizados no combate ao
paludismo, à infecções oportunistas relacionadas com o VIH/SIDA, hipertensão e à anemia falciforme adoptado as
orientações da OMS, face a 18 em 2000.
Em 2018, foram emitidas 89
autorizações de introdução no mercado de medicamentos tradicionais utilizados
no tratamento de doenças transmissíveis e não-transmissíveis contra os 20 em 2000.
“Em 2018 foram incluídos 43
produtos de medicina tradicional nas listas nacionais de medicamentos
essenciais, contra 14 em 2000”, lê-se no comunicado à imprensa.
Os Estados membros têm quadros
de regulação diferentes, modelos de prestação de cuidados primários de saúde e
perfis únicos de medicina tradicional.
A OMS desenvolveu e testou no
terreno instrumentos de formação de medicina tradicional com estudantes de farmácia
e de medicina em 14 Estados Membros e a Organização Oeste Africana da Saúde
(OOAS) adaptou esses instrumentos às universidades da sub-região.
As Instituições académicas,
muitas vezes, enfrentam problemas na integração da medicina tradicional por causa
da base limitada de evidências, a sobrecarga de currículos, o tempo e os
recursos limitados, ou em alguns casos, a dificuldade em reconciliar sistemas
de conhecimentos autóctones com abordagens biomédicas.
A nota informa ainda que os
módulos de formação desenvolvidos pela OMS contribuem para fazer face a esses
desafios e que o secretariado da OMS está disposto a continuar a trabalhar com
os Estados Membros para uma maior integração da prática da medicina tradicional
nos sistemas nacionais de saúde.
A Directora Regional felicitou
as instituições académicas que oferecem cursos de medicina tradicional aos
estudantes de farmácia e de medicina, dando como exemplo a Universidade Kwame
N`Krumah, de ciência e tecnologia do Gana que oferece bacharelato em Fitoterapia
desde 2001.
Matshidiso Moeti disse que até 2018, o
programa formou cerca de 150 médicos em fitoterapia entre eles, mais de 30
estão a trabalhar em 18 hospitais públicos no quadro de um projecto do
Ministério de Saúde visando integrar a medicina tradicional africana no sistema
de saúde.ANG/JD/ÂC//SG
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