Saldo da balança de pagamentos positivo entre 2000 e 2011
Bissau, 19. Jul.13 (ANG) - A Direcção Nacional do Banco Central dos Estados da África
Ocidental (BCEAO) realizou hoje em Bissau uma jornada de difusão da Balança de Pagamentos
da Guiné-Bissau referentes ao ano 2011.
A jornada tem como propósito fazer os participantes se apropriarem
dos resultados das contas externas e ao mesmo tempo reflectirem-se em conjunto
sobre as principais acções a serem desenvolvidas com vista ao reforço da
economia.
O Director Nacional do BCEAO, João Alage Mamadú Fadia revelou
que as contas externas do país em 2011 foram caracterizadas por uma redução
sensível do défice do saldo da balança de transacções correntes, que se fixou
em 6.630,0 milhões de fcfa contra 35.039,8 milhões de fcfa em 2010, devido ao
aumento das exportações.
Segundo o Director do BCEAO, os saldos excedentários das
contas de capital e de operações financeiras cobriram o défice corrente e
permitam melhorar a posição externa líquida no valor de 26.769,6 milhões de F
CFA em 2011 contra 12. 180,0 Milhões de fcfa em 2010.
“ Esta melhoria dos activos externos líquidos traduziu-se no
reforço da posição externa do BCEAO no montante de 31. 244,3 milhões de fcfa
apesar da deterioração da posição dos bancos comerciais no valor de 4. 474,7
milhoes de fcfa em 2011”, revelou.
No Período de 2000 a 2011, de acordo com Alage Fadia, o saldo global da balança de
pagamentos foi positivo o que contribuiu para o reforço dos activos externos.
O Director do BCEAO reconheceu que o saldo da balança
corrente foi sistematicamente deficitário devido a fraqueza das exportações
face a importância e rigidez das importações.
A este propósito, lembrou que em 2011, a factura petrolífera
atingiu 31.000 milhões de fcfa e as importações de produtos alimentares
atingiram 32 000 milhões de F CFA dos quais a maior parte representa os
cereais, nomeadamente o arroz e a farinha de trigo.
“ Esta situação contrasta com as enormes potencialidades da
Guiné-Bissau em matéria de produção do arroz e as possibilidades que oferecem
as energias renováveis”, disse.
Para o Director do BCEAO, o país precisa de reformas de
grande envergadura e políticas coerentes para desenvolver o sector agrícola,
diversificar a economia e assegurar a solidez do sector da castanha de caju que
actualmente é o principal impulsionador do crescimento económico.
ANG/AMS
ANG/AMS
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