sábado, 20 de julho de 2013

Economia

Saldo da balança de pagamentos positivo entre 2000 e 2011

Bissau, 19. Jul.13 (ANG) - A Direcção Nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) realizou hoje em Bissau uma jornada de difusão da Balança de Pagamentos da Guiné-Bissau referentes ao  ano 2011.

A jornada tem como propósito fazer os participantes se apropriarem dos resultados das contas externas e ao mesmo tempo reflectirem-se em conjunto sobre as principais acções a serem desenvolvidas com vista ao reforço da economia.

O Director Nacional do BCEAO, João Alage Mamadú Fadia revelou que as contas externas do país em 2011 foram caracterizadas por uma redução sensível do défice do saldo da balança de transacções correntes, que se fixou em 6.630,0 milhões de fcfa contra 35.039,8 milhões de fcfa em 2010, devido ao aumento das exportações.

Segundo o Director do BCEAO, os saldos excedentários das contas de capital e de operações financeiras cobriram o défice corrente e permitam melhorar a posição externa líquida no valor de 26.769,6 milhões de F CFA em 2011 contra 12. 180,0 Milhões de fcfa em 2010.

“ Esta melhoria dos activos externos líquidos traduziu-se no reforço da posição externa do BCEAO no montante de 31. 244,3 milhões de fcfa apesar da deterioração da posição dos bancos comerciais no valor de 4. 474,7 milhoes de fcfa em 2011”, revelou.

No Período de 2000 a 2011, de acordo com  Alage Fadia, o saldo global da balança de pagamentos foi positivo o que contribuiu para o reforço dos  activos externos.

O Director do BCEAO reconheceu que o saldo da balança corrente foi sistematicamente deficitário devido a fraqueza das exportações face a importância e rigidez das importações.

A este propósito, lembrou que em 2011, a factura petrolífera atingiu 31.000 milhões de fcfa e as importações de produtos alimentares atingiram 32 000 milhões de F CFA dos quais a maior parte representa os cereais, nomeadamente o arroz e a farinha de trigo.

“ Esta situação contrasta com as enormes potencialidades da Guiné-Bissau em matéria de produção do arroz e as possibilidades que oferecem as energias renováveis”, disse.

Para o Director do BCEAO, o país precisa de reformas de grande envergadura e políticas coerentes para desenvolver o sector agrícola, diversificar a economia e assegurar a solidez do sector da castanha de caju que actualmente é o principal impulsionador do crescimento económico. 
ANG/AMS  


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