quarta-feira, 3 de julho de 2013

Para acelerar o processo de transição


Governo  pede disponibilização de fundos para eleições gerais

Bissau, 03 Jul 13 (ANG) –  O  Primeiro-ministro considerou  que já estão reunidas as condições  necessárias para realização de eleições gerais (presidenciais e legislativas) em Novembro próximo, faltando apenas o desbloqueamento de verbas pela comunidade internacional.
 Em entrevista a imprensa estatal, Rui de Barros afirma que o objectivo principal do Governo de Transição é realizar eleições com máxima tranquilidade para que no final do escrutínio não haja qualquer contestação.
“Todas as condições técnicas, incluindo as exigências da comunidade internacional já estão criadas. Há um Governo inclusivo, um presidente da CNE e os seus membros do Secretariado Executivo, já temos o Programa do Governo e o OGE na ANP e a data de eleições já foi marcada pelo Presidente da República”, referiu.

Na opinião do PM, todas essas condições são suficientes para que a comunidade internacional tenha a confiança  de reagir rapidamente através de desbloqueamento de fundos que vão permitir que as  eleições ocorram na data prevista.

Para acelerar o processo, Rui de Barros disse que  o ministro dos negócios Estrangeiros vai promover um encontro com a comunidade internacional, para analisar o cronograma proposto pela CNE e discutir a questão de financiamento das eleições.

Barros disse que  o Governo já deu alguns passos, criando nomeadamente,  centros biométricos em Mansoa, Bubaque, Ingoré, Quinhamel, e Bissau devendo outro centro ser  aberto brevemente em Catio, no Sul do país.

Tudo isso, segundo afirmou, para permitir as pessoas terem Bilhete de identidade e evitar eventuais confusões no momento do recenseamento eleitoral.

“São os passos que já demos faltando agora a complementaridade da comunidade internacional”, sublinhou o PM.   

Para corrigir os erros do passado, Rui de Barros afirma que é preciso criar condições para que a justiça funcione no país, caso contrário continuaremos a ter problemas.
 “ Os guineenses têm que saber vender a sua imagem, arranjar um código de investimento para atrair investidores. Na primeira visita que Barack Obama fez ao Gana disse que os africanos precisam de ter instituições fortes. O Senegal é um país estável porque tem instituições fortes que estão a funcionar e nenhum cidadão fala mal daquele país”, observou.

O PM disse ainda que nesta fase de transição, a comunicação social pode jogar um papel importante na limpeza de imagem negra do país, através de divulgação de mensagens de paz para tranquilizar a população.

A este respeito, disse ter dado instruções ao Secretário de Estado da Comunicação Social para ver a possibilidade de reforçar a capacidade dos medias nacionais. ANG-AMS    

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