terça-feira, 30 de julho de 2013

Massacre de Pindjiguiti


“Marco importante da luta de libertação Nacional”, diz Carlos Correia

Bissau, 30 Jul. 13 (ANG) -O veterano do Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo verde (PAIGC) e funcionário da casa Gouveia na época colonial, Carlos Correia classificou o massacre de Pindjiguiti de 03 de Agosto de 1959 de “um marco importante para o processo de luta da libertação nacional”.

Em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné-ANG, em vésperas de mais um aniversário do evento, Carlos Correia reconheceu que a manifestação levada a cabo pelos marinheiros teve repercussões trágicas, pois ceifaram a vida à mais de 50 cidadãos nacionais.

Carlos Correia afirmou que a iniciativa de criação de um movimento de greve podia ser realizada desde 1956, mas que o forte sistema repressivo português fazia abortar essa intenção que finalmente acabaria por ser materializada a três de Agosto de 1959.

Entre outras reivindicações, os marinheiros exigiam melhorias salariais e melhores condições de trabalho. Por causa deste acontecimento, segundo Carlos Correia, o PAIGC, partido que dirigia a luta contra a ocupação colonial, decidiu adoptar novas estratégias política de luta, depois de uma reunião de urgência convocada para o efeito.

“Destas estratégias conta a cessação de todas as actividades pública, ou seja, as manifestações nos centros urbanos e a criação de células para reuniões clandestinas nas zonas do interior do país”, disse.

Para este veterano, os portugueses reagiam com violência contra os manifestantes nacionais porque percebiam que essa era a melhor forma de intimidar e eliminar as pretensões da liberdade tão almejada pelos nacionais na altura.

“Sendo uma potencia pobre, Portugal nunca admitiria a libertação das suas colónias, como foi o caso de alguns países colonizados pela França e Inglaterra, porque tudo o que tinha na altura era proveniente das colónias sob sua dominação” lembrou. 

ANG/BI



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