“Marco importante da luta de libertação
Nacional”, diz Carlos Correia
Bissau, 30 Jul. 13 (ANG) -O veterano
do Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo verde (PAIGC) e funcionário
da casa Gouveia na época colonial, Carlos Correia classificou o massacre de Pindjiguiti
de 03 de Agosto de 1959 de “um marco importante para o processo de luta da
libertação nacional”.
Em entrevista exclusiva à Agência
de Notícias da Guiné-ANG, em vésperas de mais um aniversário do evento, Carlos
Correia reconheceu que a manifestação levada a cabo pelos marinheiros teve repercussões
trágicas, pois ceifaram a vida à mais de 50 cidadãos nacionais.
Carlos Correia afirmou que a
iniciativa de criação de um movimento de greve podia ser realizada desde 1956,
mas que o forte sistema repressivo português fazia abortar essa intenção que
finalmente acabaria por ser materializada a três de Agosto de 1959.
Entre outras reivindicações,
os marinheiros exigiam melhorias salariais e melhores condições de trabalho.
Por causa deste acontecimento, segundo Carlos Correia, o PAIGC, partido que
dirigia a luta contra a ocupação colonial, decidiu adoptar novas estratégias
política de luta, depois de uma reunião de urgência convocada para o efeito.
“Destas estratégias conta a
cessação de todas as actividades pública, ou seja, as manifestações nos centros
urbanos e a criação de células para reuniões clandestinas nas zonas do interior
do país”, disse.
Para este veterano, os portugueses
reagiam com violência contra os manifestantes nacionais porque percebiam que
essa era a melhor forma de intimidar e eliminar as pretensões da liberdade tão
almejada pelos nacionais na altura.
“Sendo uma potencia pobre,
Portugal nunca admitiria a libertação das suas colónias, como foi o caso de
alguns países colonizados pela França e Inglaterra, porque tudo o que tinha na
altura era proveniente das colónias sob sua dominação” lembrou.
ANG/BI
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