quarta-feira, 17 de julho de 2013

Entrevista



João de Barros defende reintegração da Guiné-Bissau na CPLP

Bissau, 17, Jul, 13 ANG – O jornalista e director do jornal “Expresso Bissau”, João de Barros, considerou hoje muito importante a reintegração da Guiné-Bissau na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - CPLP.

Em entrevista à Agência de Notícias da Guiné (ANG), sobre o décimo sétimo (17) aniversário da criação da CPLP, Barros disse ser positivo as actividades da CPLP, razão pela qual muitos países pediram para integrar a organização.

A título de exemplo, Barros citou os casos de Macau que pertence a República Popular da China, e da República da Guiné-Equatoral .

Segundo João de Barros, com o mandato do ex-Secretário Executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira, a CPLP teve visibilidade positiva, podendo ser uma organização muito importante para o desenvolvimento dos países africanos.

“ A CPLP é uma organização que tem no seu seio países emergentes do continente africano, americano e asiático nomeadamente, Angola, Brasil e, Timor, que é praticamente um país emergente, que tem dado sinais de um crescimento económico notável ao ponto de estar a ajudar países como São-Tomé e Guiné-Bissau.

O Timor (ex colónia portuguesa), segundo João de Barros é hoje um país que tem uma liquidez ao ponto de comprar a divida soberana portuguesa, isso para fazer uma ideia da boa gestão dos recursos disponíveis naquele país. “ A Guiné-Bissau tem mais recursos do que Timor Leste mas não consegue,” mostrou.

 João de Barros considerou que a Guiné-Bissau devia privilegiar com carácter de urgência a sua reintegração na CPLP, tendo em conta que é o único canal solúvel.

“ Nós vimos que o canal Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) não funciona, não nos traz mais-valias concretas, e traz nos muitos problemas, e até porque historicamente, ideologicamente e politicamente não pertencemos à mesma família,” disse.

Na sua opinião, a Guiné-Bissau deve promover uma cimeira com a CPLP e trazer números concretos para cima da mesa, porque a CPLP é muito mais sensível que qualquer organização relativamente à questões da Guiné-Bissau.  



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