João de Barros defende reintegração da
Guiné-Bissau na CPLP
Bissau, 17, Jul, 13 ANG – O jornalista e director do
jornal “Expresso Bissau”, João de Barros, considerou hoje muito importante a
reintegração da Guiné-Bissau na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - CPLP.
Em entrevista à Agência de Notícias da Guiné (ANG), sobre
o décimo sétimo (17) aniversário da criação da CPLP, Barros disse ser positivo as actividades da CPLP, razão pela qual
muitos países pediram para integrar a
organização.
A título de exemplo, Barros citou os casos de Macau que pertence a República Popular da China,
e da República da Guiné-Equatoral .
Segundo João de Barros, com o mandato do ex-Secretário Executivo
da CPLP, Domingos Simões Pereira, a CPLP teve visibilidade positiva, podendo
ser uma organização muito importante para o desenvolvimento dos países
africanos.
“ A CPLP é uma organização que tem no seu seio países
emergentes do continente africano, americano e asiático nomeadamente, Angola,
Brasil e, Timor, que é praticamente um país emergente, que tem dado sinais de
um crescimento económico notável ao ponto de estar a ajudar países como
São-Tomé e Guiné-Bissau.
O Timor (ex colónia portuguesa), segundo João de Barros é
hoje um país que tem uma liquidez ao ponto de comprar a divida soberana
portuguesa, isso para fazer uma ideia da boa gestão dos recursos disponíveis naquele
país. “ A Guiné-Bissau tem mais recursos do que Timor Leste mas não consegue,”
mostrou.
João de Barros
considerou que a Guiné-Bissau devia privilegiar com carácter de urgência a sua
reintegração na CPLP, tendo em conta que é o único canal solúvel.
“ Nós vimos que o canal Comunidade Económica dos Estados
da Africa Ocidental (CEDEAO) não funciona, não nos traz mais-valias concretas,
e traz nos muitos problemas, e até porque historicamente, ideologicamente e
politicamente não pertencemos à mesma família,” disse.
Na sua opinião, a Guiné-Bissau deve promover uma cimeira
com a CPLP e trazer números concretos para cima da mesa, porque a CPLP é muito
mais sensível que qualquer organização relativamente à questões da
Guiné-Bissau.
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