quarta-feira, 3 de julho de 2013

Sociedade


Diretor-geral da Pecuária pede mais atenção para o sector

Bissau, 03 Jul. 13 (ANG) - O Diretor-geral da Pecuária, Bernardo Cassamá, afirmou hoje que, a pecuária representa um peso enorme na ecónoma nacional, 25 por cento, mas que continua a ser marginalizada.
Em entrevista à Agência de Notícias da Guiné-ANG, Cassamá disse existir, citando o recenseamento realizado em 2009, cerca de um milhão e meia de cabeças de gado bovinos e um milhão e meia de espécies de aves domésticas.
“Estamos a falar ainda de animais vivos. Se formos ver os seus diversos produtos que não são contabilizados, por exemplo, a produção de leite, a carne de animais abatidos, couros, estrumes etc.”, referiu
Bernardo Cassamá explicou que tudo é aproveitado num animal, desde as suas fezes que as mulheres aproveitam para fazer estrumes orgânico nas hortaliças bem como a pele, seus intestinos, chifres, enfim, tudo.
“Somente na Guiné-Bissau é que as pessoas deitam fora algumas partes dos animais abatidos. Quero dizer que a pecuária é um sector virgem em que nada foi feito”, explicou.
Bernardo Cassamá sublinhou que os animais existentes no país, são de pequeno porte e que não se destinam nem para fins de aproveitamento do leite nem de carnes.
“Por exemplo, os nossos animais dão meio à um litro de leite por dia o que é bastante insignificante em comparação com outros países do mundo onde a produção de um animal oscila entre oito e 12 litros de leite por dia”, disse em entrevista à ANG.
Aquele responsável salientou que, enquanto que nos outros países, contabiliza-se anualmente 80 à 90 litros de leite por pessoa e na Guiné-Bissau estamos ainda entre 7 e 8 litros por ano.
“Temos recursos animais que podem ser melhorados através da criação de centros de produção semi-modernos para realização de trabalhos que possam rentabilizar os nossos animais”, revelou.
Bernardo Cassamá declarou que a pecuária é parte integrante da segurança alimentar, mas que só é contabilizado o arroz.
 A título de exemplo, refere que a produção do arroz no país dá para o consumo de apenas três ou quatro meses enquanto que os produtos pecuários existem todo o tempo e servem de complemento às despesas das pessoas.
“Basta vender uma vaca, dá para realizar muitas despesas nomeadamente, aquisição de arroz, pagamento da educação das crianças, realização de funeral, entre outras”, explicou. ANG/FGS/ÂC

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