Continua “braço de ferro” entre MEN e ULG
Bissau, 06 Mar 15 (ANG) - A intenção do Ministério
da Educação Nacional não é de ver cumprido o regulamento em relação aos cursos suspensos
na Universidade Lusófona da Guiné, mas sim de desmoralizar e frustrar as expectativas
dos estudantes da referida instituição académica.
A afirmação é de Júlio Biague, presidente da
Associação Académica da Universidade Lusófona da Guiné (AAULG) que falava hoje em
conferência de imprensa em Bissau, em reacção a suspensão pelo MEN dos cursos
de Enfermagem, Direito e Engenharia Informática, sob acusação de a instituição
não reunir condições para lecionar esses cursos.
Júlio Biaguê disse que o governo prometeu aos
estudantes das cadeiras suspensas lugares noutras instituições académicas apos
lhes submeter a testes de avaliação.
“Isso é muito grave. O governo está assim a
violar a lei do ensino, porque antes de tomar qualquer tipo de decisão deve, em
primeiro lugar, proceder a inspecção, para verificar se realmente a instituição
tem ou não condições para leccionar os referidos cursos”, sustentou Júlio
Biaguê.
O Presidente da AAULG sugeriu a realização de
testes ao nível das instituições
académicas existentes no país com o objectivo de apurar as que se encontram em
condições para leccionar.
Sublinhou ainda que o Governo devia dar o seu
apoio para a melhoria das condições da ULG uma vez que tem contribuído para o interesse
comum e é uma instituição legalizada.
Por decisão do Ministério da Educação as
aulas dos cursos de enfermagem superior,
Engenharia Informática e Direito foram
suspensas na Universidade Lusófona da Guiné, por alegada falta de condições
(laboratórios) consideradas indispensáveis para os referidos cursos. Os
estudantes afectados representam a maioria dos inscritos nessa instituição de
ensino superior.
ANG/AALS/JAM/SG
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