Ministra
da Saúde aponta pobreza e êxodo rural como causas do aumento da doença no pais
Bissau
25 Mar. 15 (ANG) – A ministra de Saúde afirmou que a pobreza e êxodo rural constituem
causas do aumento significativo do número de casos da tuberculose na
Guiné-Bissau e têm dificultado acções do controle da doença.
Valentina
Mendes discursava por ocasião da comemoração do dia mundial de combate a Tuberculose,
assinalado terça-feira sob o lema “Pesquisar, Tratar e Curar todos os Pacientes“.
A
governante sublinhou que a efeméride serve para marcar a solidariedade mundial
para com os esforços dedicados ao controle eficaz da doença no planeta.
Mendes
afirmou que a comemoração deste ano decorre numa altura em que o país se
encontra sob ameaça do vírus do ébola e em que reapareceu o surto de sarampo.
“Não
obstante os avanços significativos relativos ao conhecimento sobre a doença e a
tecnologia disponível para o seu controlo, a tuberculose constitui um dos
grandes problemas de saúde pública em muitos países do mundo", sublinhou a
ministra da Saúde.
Valentina
Mendes informou ainda que actualmente o país atingiu 95% de cobertura da doença
de tuberculose, ou seja, todas as estruturas sanitárias estão capazes de
aplicar a estratégia, recomendada pela Organização Mundial de Saúde para
detecção e tratamento desta enfermidade.
Informou
que o país conta actualmente com 20 centros para diagnósticos e tratamento, a custo
zero, para doentes e dispõe de 256 camas para o internamento de casos de
tuberculose.
Valentina
Mendes revelou estar previsto para breve a instalação de dois novos aparelhos
de RX digital no Hospital Regional de Bafatá e Catió para detecção de casos da
doença.
A
ministra da Saúde apelou as pessoas com sintomas de tuberculose para dirigirem
o mais cedo possível as estruturas
sanitárias mais próximas, tendo lembrado que a tuberculose é uma doença infecto
– contagiosa, mas, no entanto, curável.
Por
seu turno, o representante da Organização Mundial de Saúde na Guiné-Bissau, My
Gou Aklakossi ao ler a mensagem do Director Regional desta organização para
África disse que todos os anos cerca de 9 milhões de novos casos da tuberculose
são registados no mundo, dentre os quais, 3 milhões não são nem diagnosticados
nem tratados.
“O
tema deste ano se insere na continuidade do apelo lançado para atingir todos os
casos em falta, incluindo os da região africana, em particular aqueles que
vivem principalmente nas comunidades mais pobres e vulneráveis, entre eles
mulheres, crianças e pessoas que vivem com VIH “ explicou o representante da
OMS.
Segundo
My Gou Aklakossi nos últimos 12 meses, a OMS estima que a tuberculose já matou
mais de meio milhão de pessoas na região africana que é a mais afectada pela
pandemia e pela co-infecção com o VIH, devido a falta de acesso aos serviços de
saúde, de profissionais treinados e fragilidades dos sistemas de prestação de
cuidados de sanitários.
ANG/MSC/JAM
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