quarta-feira, 25 de março de 2015

Tuberculose



Ministra da Saúde aponta pobreza e êxodo rural como causas do aumento da doença no pais

Bissau 25 Mar. 15 (ANG) – A ministra de Saúde afirmou que a pobreza e êxodo rural constituem causas do aumento significativo do número de casos da tuberculose na Guiné-Bissau e têm dificultado acções do controle da doença.

Valentina Mendes discursava por ocasião da comemoração do dia mundial de combate a Tuberculose, assinalado terça-feira sob o lema “Pesquisar, Tratar e Curar todos os Pacientes“.

A governante sublinhou que a efeméride serve para marcar a solidariedade mundial para com os esforços dedicados ao controle eficaz da doença no planeta.

Mendes afirmou que a comemoração deste ano decorre numa altura em que o país se encontra sob ameaça do vírus do ébola e em que reapareceu o surto de sarampo.

“Não obstante os avanços significativos relativos ao conhecimento sobre a doença e a tecnologia disponível para o seu controlo, a tuberculose constitui um dos grandes problemas de saúde pública em muitos países do mundo", sublinhou a ministra da Saúde.

Valentina Mendes informou ainda que actualmente o país atingiu 95% de cobertura da doença de tuberculose, ou seja, todas as estruturas sanitárias estão capazes de aplicar a estratégia, recomendada pela Organização Mundial de Saúde para detecção e tratamento desta enfermidade. 

Informou que o país conta actualmente com 20 centros para diagnósticos e tratamento, a custo zero, para doentes e dispõe de 256 camas para o internamento de casos de tuberculose.

Valentina Mendes revelou estar previsto para breve a instalação de dois novos aparelhos de RX digital no Hospital Regional de Bafatá e Catió para detecção de casos da doença.

A ministra da Saúde apelou as pessoas com sintomas de tuberculose para dirigirem o mais cedo possível  as estruturas sanitárias mais próximas, tendo lembrado que a tuberculose é uma doença infecto – contagiosa, mas, no entanto, curável.

Por seu turno, o representante da Organização Mundial de Saúde na Guiné-Bissau, My Gou Aklakossi ao ler a mensagem do Director Regional desta organização para África disse que todos os anos cerca de 9 milhões de novos casos da tuberculose são registados no mundo, dentre os quais, 3 milhões não são nem diagnosticados nem tratados.

“O tema deste ano se insere na continuidade do apelo lançado para atingir todos os casos em falta, incluindo os da região africana, em particular aqueles que vivem principalmente nas comunidades mais pobres e vulneráveis, entre eles mulheres, crianças e pessoas que vivem com VIH “ explicou o representante da OMS.   

Segundo My Gou Aklakossi nos últimos 12 meses, a OMS estima que a tuberculose já matou mais de meio milhão de pessoas na região africana que é a mais afectada pela pandemia e pela co-infecção com o VIH, devido a falta de acesso aos serviços de saúde, de profissionais treinados e fragilidades dos sistemas de prestação de cuidados de sanitários. 

ANG/MSC/JAM  

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