TJ
da CEDEAO realiza 7ª
Sessão Externa de audiência
e julgamento na Guine-Bissau
Bissau
23 mar. 15 (ANG) – O Tribunal de Justiça da Comunidade Econômica dos Estados da
África Ocidental (CEDEAO), realiza de hoje até ao dia 25 do mês em curso, a sua
7ª Sessão Externa de audiencias e julgamentos na Guiné-Bissau.
Durante
a sessão, o orgão judicial da CEDEAO vai julgar oito casos relacionados com violações dos direitos humanos nos Estados membros da organização, dentre eles, em
Gambia, Senegal, Benin e Togo.
Na cerimônia
de abertura dos trabalhos, a Presidente do Tribunal de Justiça da CEDEAO, a
guineense Maria do Céu Silva Monteiro disse que pretendem com o acto, trazer o
TJ/CEDEAO à Guiné-Bissau, como um dos membros da comunidade, e fazer as suas
populações conhecerem o funcionamento da referida instituição.
“Qualquer
cidadão guineense, como qualquer cidadão do espaço da CEDEAO, cujos direitos
fundamentais, liberdades e garantias tenham sido violados, pode directamente,
aceder a esse Tribunal sem custos”, esclareceu a Presidente.
Para
o Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) da Guine-Bissau, o parlamento
ciente da preocupação do TJ/CEDEAO, está disposto a promover, ao nível nacional
e comunitário, iniciativas que permitam agilizar a execução das decisões das
instâncias judiciais comunitárias.
“Os
parlamentares têm, enquanto representantes do povo, a obrigação de tudo fazer
para que as decisões do Tribunal não fiquem no papel”, proclamou Cipriano
Cassama.
Por seu
lado a ministra da Justiça guineense na sua intervenção afirmou que o encontro
simboliza o compromisso da CEDEAO para com os desafios da paz, da tranquilidade,
do direito ao desenvolvimento das suas populações e a uma reforma da justiça no
seu seio.
Carmelita
Pires declarou ainda que, a Guiné-Bissau vai partilhar e promover o “sonho” da
organização sub-regional, que é a de “uma visão e um destino comum entre os
seus povos”.
Já o
Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Paulo Sanhá, disse que a realização
do evento em Bissau, não deve ser a ultima do gênero, porque, depois de sucessivos ciclos de turbulências político-militares,
“o país está a recuperar de algum modo a visibilidade transnacional e seu retorno no lugar que lhe é reservado no
concerto das Nações”.
Finalmente,
o Vice-Bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau Januário Pedro
Correia, propôs a criação, entre outras, de Comissões Executivas do Acesso a
Justiça e a dos Direitos Humanos, para “assegurar
uma acção pronta e eficaz na demanda da defesa e promoção dos direitos humanos,
doptadas de um regulamento próprio que integre advogados calejados e activistas
em matéria dos direitos humanos”.
O
TJ/CEDEAO, principal órgão judiciário da comunidade, foi criado no ano 1991 e
tem por missão, “garantir o respeito do direito, dos princípios de equidade e
dos direitos do homem no espaço comunitário”.
ANG/FGS/JAM
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