Guineenses
detidos no Togo
“LGDH
providencia que seja feita justiça ”, diz seu Presidente
Bissau, 17 Mar 15 (ANG) -A Liga Guineense dos
Direitos Humanos está a diligenciar,
junto da sua congénere da República de Togo, no sentido de seguir a situação
dos cinco guineenses detidos há quatro meses naquele país, por suspeita de
tráfico de drogas, informou hoje o seu Presidente, em entrevista exclusiva à
ANG.
Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos |
Luís Vaz Martins, disse ter pedido, no quadro
da Federação Internacional dos Direitos Humanos, ao seu homólogo togolês para saber, se o período de detenção não
ultrapassa o previsto na lei daquele país, e diligenciar para a melhoria das condições de
detenções dos mesmos, visando o respeito aos padrões internacionais universalmente
consagrados, por haver informações segundo as quais , os detidos se encontram
em “condições desumanas” de encarceramento.
Contudo, explica que há Estados que os seus
ordenamentos jurídicos preveem tempos “bem mais longos” que quatro meses, com
vista a permitir aos actores judiciários
a fazerem investigação para
apurar a verdade dos factos na situação de suspeição de um crime.
Vaz
Martins disse por outro lado que a sua organização vai trabalhar para que os
mesmos sejam julgados com garantias de defesa, no sentido de “ser feita a
justiça”, ou seja, caso for provada a culpa, que sejam condenados conforme a legislação
penal daquele país e que sejam libertados, se for concluído que são inocentes.
Sobre
um eventual pedido de extradição destes cinco detidos em Togo, o número um da
LGDH afirmou que o primeiro problema que
se coloca, “é saber se os mesmos forem julgados e condenados na Guiné-Bissau,
haverá garantias de cumprimento das respectivas penas.
Martins fundamenta que o sistema judicial do
país é frágil e cita o exemplo da superlotação de dois prisões do país (de Bafatá
e Mansoa). E, acrescentou ainda, que a sua organização nunca apoia a
impunidade.
Questionado
se a LGDH tem novas informações sobre o paradeiro da Jornalista, Milocas
Pereira, desaparecida subitamente, há dois anos em Angola, Luiz Vaz Martins afirmou
que até agora, nos contactos mantidos com as ONGs deste país, não receberam
informações concretas sobre o seu paradeiro.
Por
isso, Luis Vaz Martins pede ao governo
guineense para accionar mecanismos
diplomáticos junto do executivo de Luanda, para investigar e apurar o que efectivamente aconteceu com esta jornalista
que era igualmente, professora universitária.
Sobre
a detenção de cinco guineenses em Togo por alegado tráfico de drogas, a ANG
sabe através duma fonte local, que quatro deles viajaram do Brasil para o Togo e um proveio de Portugal, e ambos se encontravam em trânsito para
outras paragens.
De
acordo com o Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Luis Vaz
Martins, a República de Togo não prevê a pena de morte, no rol das suas sanções
penais em vigor.
ANG/QC/SG
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